Vacinas em uso no Brasil

O que previne

A covid-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, sobretudo quadros graves, internações e óbitos.

Efetividade (vida real)

  • As vacinas covid-19 comprovadamente reduziram de forma drástica o número de mortes e hospitalizações no Brasil. A esmagadora maioria das hospitalizações e mortes pela doença passou a se concentrar entre pessoas não vacinadas;
  • Há evidências de que indivíduos vacinados apresentam menor carga viral na nasofaringe, o que reduz o potencial de transmissão.
  • O surgimento de variantes de preocupação (VOC) do SARS-Cov-2 demonstrou que há redução na eficácia das vacinas covid-19 contra casos sintomáticos leves e moderados. Embora a proteção contra quadros graves e mortes tenha se mantido, novas vacinas vêm sendo atualizadas de acordo com as variantes em circulação.

Do que é feita

Trata-se de uma vacina feita a partir do vírus inteiro da cepa original (Wuham), inativada, portanto, incapaz de causar a doença.   Cada dose de 0,5 mL de suspensão injetável contém 600 SU do antígeno do vírus inativado SARS-CoV-2. Excipientes: hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de sódio, água para injetáveis e hidróxido de sódio para ajuste de pH. Não contém conservantes.

Como funciona

Uma vez no organismo, o vírus vacinal é percebido como um agente estranho e desencadeia a resposta do sistema imunológico. As primeiras células envolvidas nessa resposta (células apresentadoras de antígeno) “absorvem” o vírus, o destroem em seu interior e levam a proteína S para sua superfície.

Nesse momento, os chamados linfócitos T auxiliares entram em ação. Eles detectam a proteína, encaixam-se a ela e recrutam os linfócitos B, que produzirão os anticorpos específicos contra a proteína S. Os linfócitos B também são ativados pelo próprio vírus vacinal.

Como o sistema imune “aprendeu” a se defender da proteína S, enquanto a imunidade durar, caso a pessoa vacinada tenha contato com o vírus, o organismo será capaz de neutralizar rapidamente o SARS-CoV-2.

Indicações

Vacina para uso em pessoas a partir de 3 anos.

Esquemas de doses

Leia as recomendações técnicas atualizadas do Ministério da Saúde aqui. Os calendários estão disponíveis aqui.

Contraindicações

  • Alergia a qualquer um dos componentes presentes na vacina.
  • História de anafilaxia após dose anterior.

Precauções

  • A vacinação deve ser postergada na presença de quadros respiratórios febris até a melhora do quadro clínico e ausência de febre por 24 horas;
  • Pessoas que tiveram covid-19 podem receber vacinas contra a doença desde que estejam plenamente restabelecidas e tenham passado pelo período de isolamento respiratório;
  • Gestantes: as evidências atuais demonstram não haver risco de malformações ao feto. De todo modo, qualquer evento adverso pós-vacinação com a gestante, o feto ou o bebê (até seis meses depois do nascimento) deve ser notificado. No PNO, gestantes e puérperas com comorbidades estão entre os grupos prioritários;
  • O uso de imunoglobulinas não exige intervalo para a vacina, exceto para pacientes que utilizaram como parte do tratamento contra covid-19 anticorpos monoclonais, imunoglobulina ou plasma convalescente específicos contra o Sars-CoV-2 - nesses casos, a orientação é aguardar, preferencialmente, 90 dias;
  • Assim como ocorre com outras aplicações intramusculares, deve haver cautela na técnica de aplicação da vacina em pessoas com trombocitopenia, coagulopatias ou em vigência de terapia anticoagulante, uma vez que nesses indivíduos pode ocorrer sangramento e hematoma após a administração;
  • Imunossuprimidos: como toda vacina inativada, a CoronaVac é geralmente utilizada com segurança em pessoas imunossuprimidas, inclusive em tratamento de câncer. Entretanto, a Anvisa não recomenda o uso da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos com imunossupressão. Não há restrição para crianças imunossuprimidas de 3 a 5 anos;
  • Não há necessidade de intervalo entre a aplicação da CoronaVac e outras vacinas, independentemente da faixa etária. As vacinas podem, inclusive, ser administradas no mesmo dia.

Via de aplicação

Intramuscular, na região deltoide.

Cuidados antes, durante e após a vacinação

  • Verificar histórico de covid-19. Se houver, é necessário aguardar o completo restabelecimento;
  • Compressas frias podem ser usadas para aliviar eventuais reações no local da aplicação;
  • Qualquer evento supostamente atribuível à vacinação ou imunização (ESAVI), independentemente da gravidade, deve ser notificado;
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos

Os estudos demonstraram que a vacina tem um bom perfil de segurança. A frequência geral de ocorrências de eventos adversos solicitados (locais e sistêmicos) até sete dias após a segunda dose foi de 50,8% nos adultos de 18 a 59 anos e de 36,4% nos idosos – maiores de 60 anos.

A reação mais comum observada nos dois grupos foi dor no local da aplicação. Outros eventos adversos possíveis são cefaleia, fadiga, febre, mialgia, calafrios, anorexia, diarreia, náusea, tosse, artralgia, prurido, rinorreia e congestão nasal, além de eventos locais como prurido, eritema e edema.

Onde pode ser encontrada

No sistema público de saúde.

O que previne

A covid-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, sobretudo quadros graves, internações e óbitos.

Efetividade (vida real)

  • As vacinas covid-19 reduziram de forma drástica o número de mortes e hospitalizações no Brasil. A esmagadora maioria das hospitalizações e mortes pela doença passou a se concentrar entre pessoas não vacinadas;
  • Há evidências de que indivíduos vacinados apresentam menor carga viral na nasofaringe, o que reduz o potencial de transmissão.
  • O surgimento de variantes de preocupação (VOC) do SARS-CoV-2 demonstrou que há redução na eficácia das vacinas covid-19 contra casos sintomáticos leves e moderados. Embora a proteção contra quadros graves e mortes tenha se mantido, as novas vacinas da Pfizer vêm sendo atualizadas de acordo com as variantes em circulação.

Do que é feita

A vacina contém RNA mensageiro (mRNA) de cadeia simples com estrutura 5-cap altamente purificado, produzido por meio da transcrição “in vitro” sem células a partir dos modelos de DNA correspondentes, codificando a proteína S (spike) do SARS-CoV-2, vírus responsável pela covid-19. A quantidade de mRNA presente varia de acordo com a formulação.

Como funciona

A vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) sintético que “ensina” o organismo a fabricar a proteína S do SARS-CoV-2, responsável pela ligação do vírus com as nossas células. Por ser muito instável, o mRNA é recoberto por uma capa de lipídios (tipo de gordura) que o protege. A molécula não contém nenhuma outra informação, não é capaz de realizar qualquer outra tarefa e não penetra no núcleo das células. Dessa forma, não consegue causar a covid-19 ou qualquer alteração em nosso genoma.

Uma vez que a vacina é injetada e capturada pelas células apresentadoras de antígeno, as proteínas S do SARS-CoV-2 são fabricadas a partir das “instruções” do mRNA. As proteínas S, então, são transportadas até a superfície da célula, onde os processos de defesa são desencadeados:

  • os chamados linfócitos T auxiliares detectam a proteína estranha e recrutam os linfócitos B, responsáveis pela produção de anticorpos;
  • os linfócitos B entram em contato com a proteína S da superfície e produzem os anticorpos específicos contra ela, que neutralizarão o vírus;
  • outras células de defesa chamadas linfócitos T citotóxicos (ou assassinos) reconhecem e destroem diretamente qualquer estrutura que exiba a proteína S em sua superfície;
  • quando a célula que absorveu o mRNA morrer, a proteína S e seus fragmentos liberados poderão ser identificados pelo nosso sistema de defesa, que também desencadeará todo o processo.

Indicações

Leia as recomendações técnicas atualizadas do Ministério da Saúde aqui. Os calendários estão disponíveis aqui.

Contraindicações

  • Alergia a qualquer um dos componentes presentes na vacina;
  • Histórico de anafilaxia após dose anterior.

Precauções para a vacinação

  • A vacinação deve ser postergada na presença de quadros respiratórios febris, até a melhora do quadro clínico e ausência de febre por 24 horas;
  • Pessoas que tiveram covid-19 podem receber vacinas contra a doença desde que estejam plenamente restabelecidas e tenham passado pelo período de isolamento respiratório;
  • Gestantes: as evidências atuais demonstram não haver risco de malformação ao feto. De todo modo, qualquer evento adverso pós-vacinação com a gestante, o feto ou o bebê (até seis meses após o nascimento) deve ser notificado. No PNO, gestantes e puérperas com comorbidades estão entre os grupos prioritários;
  • O uso de imunoglobulinas não exige intervalo para a vacina, exceto para pacientes que utilizaram como parte do tratamento contra covid-19 anticorpos monoclonais, imunoglobulina ou plasma convalescente específicos contra o SARS-CoV-2. Nesses casos, a orientação é aguardar, preferencialmente, 90 dias;
  • Assim como ocorre com outras aplicações intramusculares, deve haver cautela na técnica de aplicação da vacina em pessoas com trombocitopenia, coagulopatias ou em vigência de terapia anticoagulante, uma vez que nesses indivíduos pode ocorrer sangramento e hematoma após a administração;
  • Imunossuprimidos: como toda vacina inativada, pode ser utilizada com segurança em pessoas imunossuprimidas, inclusive naquelas em tratamento de câncer;
  • Não há necessidade de intervalo entre a aplicação das vacinas covid-19 Pfizer e outras vacinas. As vacinas podem, inclusive, ser administradas no mesmo dia.

Via de aplicação

Intramuscular, preferencialmente na região deltoide. Em crianças, a administração pode ser feita no vasto lateral da coxa.

Cuidados antes, durante e após a vacinação

  • Verificar histórico de covid-19. Se houver, é necessário aguardar o completo restabelecimento e respeitar o período de isolamento respiratório;
  • Compressas frias podem ser usadas para aliviar eventuais reações no local da aplicação;
  • Qualquer evento supostamente atribuível à vacinação ou imunização (ESAVI), independentemente da gravidade, deve ser notificado;
  • Sintomas de ESAVI graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 horas a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas;
  • A vacina covid-19 Pfizer pode ser aplicada de forma simultânea ou com qualquer intervalo em relação a outras vacinas, independentemente da faixa etária.

Efeitos e eventos adversos

  • Muito comuns (ocorrem em 10% dos vacinados): dor e inchaço no local de injeção, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, calafrios e febre;
  • Comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos vacinados): vermelhidão no local de injeção e náusea;
  • Incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos vacinados): aumento dos gânglios linfáticos (ou ínguas), sensação de mal-estar, dor nos membros, insônia e prurido no local de injeção;
  • Raros (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos vacinados): paralisa facial aguda;
  • Desconhecidos (não podem ser estimados a partir dos dados disponíveis): reação alérgica grave (anafilaxia), hipersensibilidade, diarreia, vômito e dor nas extremidades (braço);
  • Órgãos de vigilância de eventos supostamente atribuível à vacinação ou imunização (ESAVI) relacionados às vacinas covid-19 verificaram um aumento nas notificações de miocardite e pericardite (inflamação do músculo cardíaco e da estrutura que envolve o coração) após a vacinação com vacinas de mRNA em adolescentes e adultos jovens. Os sistemas de monitoramento concluíram que existem poucos relatos desta condição até o momento, a maioria leve e tratável, e que esses casos parecem ocorrer com maior frequência:
    • em adolescentes e adultos jovens;
    • em homens do que mulheres;
    • após a segunda dose;
    • entre quatro e 30 dias após a vacinação.

É importante ressaltar que o risco de miocardite/pericardite após a vacinação existe, mas é muito raro. A possibilidade de o quadro ser causado pela covid-19 é muito maior. Por isso, agências regulatórias de vários países continuam a recomendar a vacinação para todos os indivíduos a partir de 12 anos de idade. Em crianças com 11 anos ou menos, não foram registrados casos de miocardite/pericardite até o momento.

Onde pode ser encontrada

  • Nos serviços públicos de saúde.

Observação: até o momento não há previsão da disponibilidade desta vacina no setor privado no Brasil.

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