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Avaliação do risco

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Em 13 de abril de 2013 um total de 49 casos humanos confirmados de infecção pelo vírus da influenza A(H7N9) foram reportados à Organização Mundial de Saúde – OMS/WHO pela Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar da China.

Dentre os casos confirmados:

-  a faixa etária variou de 4 a 87 anos;

-  34 casos (69,4%) eram do gênero masculino;

- houve 11 casos fatais (letalidade: 22,4%);

- a maioria dos casos apresentou quadro grave;

- os casos são procedentes de 3 províncias (Anhui, Jiangsu e Zhejiang) e 2 cidades (Beijing e Shanghai). Todas as localidades são do leste e norte da China;

- 2 casos confirmados foram associados a possível surto familiar, nos quais 1 e 2 casos adicionais, respectivamente, desenvolveram pneumonia severa;

- contatos próximos de casos confirmados e profissionais da saúde que prestaram assistência aos casos foram monitorados. Nenhum dos contatos que foram testados por PCR apresentaram infecção confirmada.

Sobre o vírus H7N9, a caracterização genética e laboratorial dos vírus isolados dos 3 primeiros casos confirmados da infecção apontam que:

- o vírus apresenta genes de 3 diferentes vírus de influenza aviária;

- os resultados da análise genética do vírus demonstraram certas mudanças, incluindo algumas substituições de aminoácidos associadas a maior afinidade a receptores alpha 2-6, sugerindo grande capacidade de infectar mamíferos (incluindo humanos), mais que a maioria dos outros vírus da influenza aviária;

- os vírus parecem ser susceptíveis a inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir), mas resistentes à amantadina e rimantadina;

- os vírus apresentam hemaglutininas que estão associadas à baixa patogenicidade em aves;

Sobre a epidemiologia da doença:

- ainda existem, no momento, vários gaps sobre informações críticas, incluindo: o(s) animal (ais) que servem como reservatórios do vírus, as exposições de risco e vias de transmissão de animais para humanos;

- o vírus da influenza aviária A(H7N9) foi isolado em aves de criação (frangos e patos) e pombos em mercados de algumas áreas da China, mas se outros potenciais reservatórios podem existir, incluindo outras aves domésticas e selvagens e mamíferos como porcos, ainda não está definido;

- o vírus não se associou a doença severa em criação de aves;

- a epidemiologia do vírus entre animais, incluindo os principais reservatórios e a extensão geográfica, ainda não está estabelecida;

- não há evidência de transmissão sustentada pessoa-pessoa. Entretanto, os 2 possíveis surtos familiares sugerem que uma limitada transmissão pessoa-pessoa pode ocorrer durante o contato próximo entre casos e outras pessoas, potencialmente entre familiares e serviços de saúde.

Entretanto, novas mudanças genéticas no vírus sugerem adaptação a mamíferos; – até o momento não há informações que indiquem [o risco de] disseminação internacional do vírus. Entretanto, é possível que uma pessoa infectada, que pode ou não apresentar sintomas, pode viajar para outros países. Como a transmissão sustentada pessoa-pessoa não parece estar ocorrendo a disseminação extensa na comunidade parece ser improvável;

- a OMS/WHO não recomenda nenhuma triagem especial em pontos de entrada e não recomenda nenhuma restrição a viagens e comércio.

Saiba mais: OMS.