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Campanha "Calendário de vacinação da gestante: Um sucesso de proteção para mãe e filho"

A campanha “Calendário de vacinação da gestante: Um sucesso de proteção para mãe e filho” tem o objetivo de aumentar as coberturas vacinais entre as futuras mães, insatisfatórias no país. A iniciativa conta com um site (vacinasparagravidas.com.br), uma página no Facebook (https://www.facebook.com/VacinasParaGravidas), intervenções em outras redes sociais e mídias digitais — incluindo parcerias com influenciadores — e um e-book.

A campanha já está na segunda edição. Na primeira, em 2018, foi amadrinhada pela atriz Juliana Didone, então grávida da filha Liz. Na ocasião, ela revelou que só soube que as gestantes deveriam se vacinar quando foi à obstetra. “Há muita informação sobre a restrição para pintar os cabelos e consumir bebidas alcoólicas, por exemplo, mas a vacinação ainda é pouco divulgada”, revelou, durante evento da SBIm voltado a jornalistas.

"Coincidentemente, fui convidada para participar da campanha pouco tempo depois de receber a orientação médica. Fico muito feliz em poder colaborar e espero que cada vez mais mamães se vacinem para evitar que seus filhos adoeçam”, relata.

Naquele ano, além das atividades no mundo virtual, foram distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país cerca de 2 milhões de folhetos, 180 mil cartazes, material para apoiar os médico(a)s no momento da consulta, além de inserções em relógios de vias públicas.

A ação “Calendário de vacinação da gestante: Um sucesso de proteção para mãe e filho” é apoiada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), pelas sociedades brasileiras de Infectologia (SBI), Pediatria (SBP), Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Medicina Tropical (SBMT) e pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Vacinas indicadas

As vacinas indicadas para todas as grávidas são a influenza (gripe), a hepatite B, a dupla bacteriana do tipo adulto (dT), contra a difteria e tétano, e a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa), contra a difteria, tétano e coqueluche. Todas são elaboradas a partir de vírus inativados e estão disponíveis nas redes pública e privada.

Quando a gestante apresenta determinadas doenças crônicas — como doença cardíaca ou pulmonar, diabetes e entre outras — ou quando ela está em áreas de risco para a infecção, durante surtos ou não, algumas vacinas adicionais podem ser prescritas pelo(a) médico(a). São os casos das vacinas hepatite A, hepatite A e B, pneumocócicas, meningocócica conjugada ACWY, meningocócica B e febre amarela.

Os anticorpos obtidos com a vacinação, além de proteger a mulher, são transferidos para o bebê — primeiramente por meio da placenta e, depois, pelo leite materno. Tal proteção, de curta duração, é fundamental no início da vida, enquanto o sistema imunológico da criança ainda “aprende” a lidar com as ameaças externas. Vale destacar que aproximadamente 11% dos nascidos no Brasil são prematuros, grupo extremamente suscetível a infecções, em especial às respiratórias.

Ilustrando a importância

  • Gestantes, puérperas (até 42 dias após o parto) e crianças menores de 5 anos — período de contato materno aumentado — responderam por 29,1% dos óbitos por influenza entre pessoas com fatores de risco no Brasil, de 1º de janeiro a 14 de agosto de 2019.
  • Ainda sobre influenza: a fase mais crítica para o bebê é nos seis primeiros meses de vida, ou seja, antes da primeira dose da vacina. Estudos apontam que as chances de internação em UTI nesse período são 40% maiores se comparadas às de crianças entre seis meses e 12 meses.
  • A vacinação de gestantes é apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a melhor forma de prevenir coqueluche infantil. Dos 3.232 casos de coqueluche registrados no Brasil em 2016 e 2017, 59,2% foram em crianças menores de 1 ano. Desses, 79,4% eram menores de seis meses. Todos os 29 óbitos ocorreram nos menores de 1 ano (89,7% em menores de seis meses).
  • De 1999 a 2018, 10,9% dos casos de hepatite B aconteceram em gestantes. Cerca de 90% dos recém-nascidos que contraem a doença hepatite B durante o parto desenvolvem a forma crônica. Em adultos, o índice é de 10%.