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O desafio de vacinar adultos

Artigo da presidente da SBIm, ISabella Ballalai, publicado na edição de 13 de fevereiro da Folha de S. Paulo

?O Brasil vem enfrentando o maior surto de febre amarela silvestre da nossa série histórica, iniciada na década de 1980. De dezembro de 2016 a maio de 2017, foram confirmados 792 casos e 274 mortes pela doença, principalmente nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Em 2018, o cenário se mantém. De acordo com o boletim mais recente do Ministério da Saúde, de julho 2017 a 6 de fevereiro de 2018 foram 353 episódios confirmados e 98 óbitos. São Paulo lidera as estatísticas.

O quadro é preocupante e demanda mobilização conjunta de diferentes setores da sociedade. O Ministério da Saúde monitora a situação epidemiológica, define áreas em que a vacinação deve ocorrer de forma rotineira e, atualmente, faz o bloqueio do surto por meio da vacinação em massa em regiões de maior risco.?

Alguns municípios, inclusive, mobilizam agentes para vacinar os moradores em suas residências.

Antes da explosão de casos, no entanto, a maioria das cidades brasileiras com recomendação de vacinação contra a febre amarela não havia atingido a meta de 95% de cobertura em boa parte delas, o índice era inferior a 50%.

Entre os não vacinados ou com situação vacinal desconhecida destacam-se os homens adultos, os mais afetados pela doença.

Imunizar adultos é um desafio mundial. Exceto quando são noticiadas mortes relacionadas a enfermidades imunopreveníveis, vacinas gratuitas aguardam por eles nas unidades básicas de saúde.

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