-
Detalhes
-
-
Mais de 200 mil crianças pediram asilo nos países da União Europeia nos primeiros nove meses de 2015. Em 2014, outras 30 milhões em todo o mundo já tinham sido forçadas a deixar suas casas devido à guerra, à violência e à perseguição.
Mais de 250 milhões de crianças – ou uma a cada nove – vivem em países e áreas em conflito, onde enfrentam enormes obstáculos à saúde, educação e bem-estar. As crianças, embora componham cerca de um terço da população mundial, representam quase metade de todas as pessoas que vivem em extrema pobreza.
Mais pessoas estão deslocadas agora do que em qualquer momento desde a Segunda Guerra.
No Brasil e no mundo, cresce a população sênior. Hoje, somos mais de 20 milhões de indivíduos com mais de 60 anos (cerca de 10% da população). Em 2050, a faixa etária de 0 a 13 anos de idade representará aproximadamente 13% do total da população. Os maiores de 65 anos corresponderão a 23%.
Podemos dizer que a palavra que melhor define o século XXI é transformação. O mundo está em ebulição e nos impõe, dia a dia, profundos e variados desafios. No campo das imunizações, isso significa a necessidade de rever as estratégias de enfrentamento às doenças infectocontagiosas e de, muitas vezes, reformular indicações e ressignificar conhecimentos.
Não é exagero pensarmos que, até hoje, para quase todas as conquistas obtidas em saúde pública graças à vacinação, há um novo e inesperado desafio. Vejam, por exemplo, a informação que nos chega por meio da publicação de um estudo sobre o pithovirus sibericum.
Encontrado na Sibéria a trinta metros de profundidade, o vírus estava adormecido há 30 mil anos, até que “despertou” em laboratório e voltou a se tornar contagioso — por sorte, ele não infecta humanos e outros animais. Os cientistas da Universidade de Aix-Marseille, na França, no entanto, já alertaram que o descongelamento das geleiras pode fazer o mesmo ocorrer com outros agentes infecciosos.
Também é um desafio recolher de todo o planeta as vacinas que contêm a pólio tipo 2, ação recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como parte da estratégia para erradicar a doença até 2019.
No Brasil, a luta contra a dengue, por fim, ganhou uma vacina. Mas os vírus Zika e Chikungunya, transmitidos pelo mesmo Aedes aegypti, acenam com a imposição de novos desafios, para muito além de um eficiente combate ao vetor.
Precisamos entender melhor as implicações dos deslocamentos populacionais pelo mundo e intensificar o investimento em ações da medicina do viajante. Entre 2015 e 2016, contrariando a rotina, o vírus influenza alongou sua estada no hemisfério norte e antecipou sua temporada no hemisfério sul.
Nos Estados Unidos, os surtos de sarampo dão sinal de alerta e jogam mais luz sobre as consequências do movimento antivacinação. No Brasil, conquistamos os certificados de eliminação da rubéola e do sarampo, mas nos vemos às voltas com surtos de caxumba, sobretudo em adolescentes e jovens do Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, entre outras capitais.
É um desafio constante manter as boas taxas de coberturas vacinais alcançadas entre nossas crianças e torná-las homogêneas em todo país. Outro, maior ainda, é conquistar novos públicos: os adolescentes, adultos e idosos.
Em paralelo, vivemos o problema mundial de desabastecimento de vacinas, que demandam de nós a necessidade de repensar indicações, e impõem à indústria farmacêutica a urgência de rever suas estratégias de produção.
Vivemos também em um mundo no qual a comunicação está cada vez mais facilitada e rápida. As mídias sociais, ao mesmo tempo em que têm a capacidade de disseminar boas informações, conseguem transformar boatos em “verdades”, sem dificuldades.
Por conta disso, a SBIm realiza uma série de ações com foco na comunicação. No nosso site, cujo conteúdo é constantemente renovado, disponibilizamos as últimas versões dos calendários de vacinação, que agora apresenta as indicações para homens e mulheres em uma única peça e dedica um calendário específico para a gestante.
Você pode baixar os guias de imunização, elaborados em parceria com as sociedades de especialidades médicas e encontra, a seção Notas Técnicas, encontrar atualizações constantes e orientações especiais.
Editamos o e-book "Imunização: Tudo o que você sempre quis saber", que, como o próprio nome diz, traz as principais informações sobre as doenças imunopreveníveis e as vacinas. Na página também está o livro "Recusa de Vacinas — Causas e consequências", de Guido Levi, ex-vice-presidente e membro da atual diretoria.
Com o portal Família Sbim, cumprimos o nosso papel de levar informação ao público leigo. Nele, há uma seção de vídeos, com testemunhais de pessoas que contraíram doenças infectocontagiosas por falta de vacinação. O material está legendado e disponível para download para uso gratuito em sua clínica, se for o caso.
Seguindo o propósito de estreitar relacionamento com as sociedades médicas de especialidades, ampliamos o diálogo com as sociedades brasileiras de:
- Oncologia Clínica (SBOC)
- Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
- Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)
- Geriatria e Gerontologia (SBGG)
- Alergia e Imunologia (ASBAI)
- Medicina Tropical (SBMT)
- Oncologia Pediátrica (SOBOPE)
- Com a associação nacional de medicina do trabalho (ANAMT)
- Com a sociedade latino-americana de medicina do viajante (LAMVI)
- E também com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que tanto nos apoia e incentiva.
Espero não ter esquecido nenhum parceiro!
Nossa presença na mídia, como fonte sobre imunizações, se intensifica a cada ano. De setembro de 2015 até hoje, nossa assessoria de comunicação e imprensa conquistou:
- Cerca de 600 inserções em sites
- Mais de 20 inserções em jornais impressos e revistas
- Mais de 6 mil inserções em rádio
- Cerca de 30 inserções em tv
No Facebook, no período de um ano, temos:
- 471 publicações
- 231 mil curtidas em posts
- 18 mil compartilhamentos
E um alcance de mais de dois milhões de pessoas
A SBIm está no Instagram, como "sbim_nacional", com conteúdo exclusivo para esta rede social e mais de 900 seguidores. Seja você também um deles!
Mas não é só: este ano, realizamos nosso primeiro encontro com blogueiros e blogueiras da saúde, para levar informação correta sobre imunizações a quem ajuda a informar e a formar opinião.
A segunda etapa da campanha Onda Contra o Câncer (ondacontracancer.com.br) foi um sucesso na luta pela conscientização sobre a importância da vacinação contra o HPV. As ações específicas dessa campanha no Facebook obtiveram:
- Mais de 40 mil reações (curti, amei...)
- Mais de 1.600 comentários
- Cerca de 3 mil compartilhamentos
No Twitter, foram cerca de 23.500 cliques.
Sem falar nas interações vindas das redes sociais de influenciadores, que geraram, em 2016, 2 milhões de visualizações e cerca de 110 mil interações.
Estamos prestes a lançar o aplicativo SBIm, com os calendários de vacinação online – que vocês já podem conhecer no stand da SBIm. Em breve, iniciaremos mais uma campanha voltada aos leigos. Dessa vez, o público-alvo serão os jovens que já passaram dos 50 e que precisam estar atentos à importância de manter o calendário de vacinação em dia. Quem é sênior vacina.
Essa é a SBIm, disseminando informações de qualidade sobre imunizações. Você, associado, é parte desse processo. Por isso, lançamos a campanha "Atualize o seu Cadastro". Coloque a mensalidade em dia e, se for o caso, acredite sua clínica. Juntos, somos mais fortes e poderemos muito mais.
Nada disso se faz sem muito suor. E, por isso, agradeço:
À Renato Kfouri, Guido Levi, Juarez Cunha e Mírian Moura, que junto comigo, na diretoria da SBIm, são incansáveis na luta pelas imunizações brasileiras.
À Monica Levi, à frente da Comissão de Calendários e Consensos, por seu total empenho e, claro, suas muitas horas de sono perdidas.
A todos os presidentes das comissões da Sbim pela dedicação.
À minha equipa da secretaria — Fúlvia, Mari e Ediene —, que nos dão o suporte necessário.
Às diretorias de nossas regionais e aos nossos representantes estaduais, que nos ajudam a levar informação aos quatro cantos do Brasil.
À equipe Fernanda Prestes Eventos pelo esforço incondicional para que nossos eventos sejam sempre um sucesso.
Ao Ricardo Machado, hoje aniversariando. Também apaixonado por nossa causa, pelos resultados que vimos obtendo na comunicação ética e ágil.
A cada um dos autores da nossa revista, dos guias, notas técnicas... Pelo trabalho de qualidade.
A cada professor que aqui dará de tudo para o enriquecimento de nossa jornada
Às sociedades médicas que acreditam e abraçam nossos projetos.
À Carla Domingues, Ana Goretti e toda a equipe do PNI pelo grande trabalho que fazem por nosso país e pelo apoio que dão À nossa sociedade.
Aos nossos patrocinadores, que permitem, de forma ética, que nossas ideias se transformem em eventos, campanhas de comunicação e publicações.
Não sei quantos dos que estão aqui hoje acompanham a Jornada Nacional de imunizações desde sua primeira edição, quando não chegávamos a 300 participantes. Hoje, somos mais de mil.
E é com esse espírito de fortalecimento e de expansão que cumprimento a todos vocês e desejo que tirem o melhor proveito deste fórum: o maior evento em imunizações do Brasil, quiçá do mundo.
Mas, antes de terminar, não posso deixar de agradecer
À Jandira, Zé Geraldo e a maravilhosa equipe mineira, que tornaram o projeto de uma jornada em Belo Horizonte no lindo evento que está començando.
E, por fim, a todos vocês que aqui nos prestigiam, o meu muito obrigada.
Isabella Ballalai
Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)