Institucional

Hesitação x engajamento

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Apesar dos grandes avanços promovidos pelo método científico e pela medicina baseada em evidências; dos esforços para tornar o conhecimento disponível e de mais fácil entendimento; do amplo acesso aos meios de produção e compartilhamento da informação... não é pequeno o número de pessoas hesitantes em relação à imunoprevenção.

O termo vaccine hesitancy foi definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para identificar indivíduos que apresentam relutância em aceitar ou recusar as vacinas recomendadas, apesar da disponibilidade nos serviços públicos. O reflexo desse comportamento está nas baixas taxas de coberturas vacinais. As consequências residem na necessidade recorrente de ampliar o período da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe e na perda do certificado de eliminação do sarampo, apenas para citar dois exemplos recentes.

No Brasil, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e Europa, são os hesitantes e não os antivacinistas os principais responsáveis pela lacuna que vem sendo preenchida por milhares de suscetíveis às infecções que podem ser prevenidas com a vacinação.

Hoje, notícias falsas ganham mais engajamento do que os fatos reais. Por trás desse fenômeno está a necessidade de buscar informações que reforcem um ponto de vista, independentemente de ser este o correto. O antígeno é obtido com a informação de qualidade e com a educação. Mas, para que gere os anticorpos protetores são necessários dois adjuvantes: a existência do conteúdo científico e o engajamento no processo de comunicação.

A SBIm tem se dedicado a produzir e disponibilizar conteúdos éticos sobre vacinas e imunizações. Também vem ampliando as ações de comunicação e a realização de eventos nos quatro cantos do país, com o propósito de facilitar o acesso ao conhecimento de qualidade. Mas é fundamental que cada um se converta em agente de transformação, sempre por meio do diálogo, da empatia e do compartilhamento.

Dispomos de diversos meios: site institucional e o Família SBIm (únicos no Brasil certificados pela OMS); página no Facebook e perfil no Instagram e no Twitter; publicações e vídeos que podem ser baixados gratuitamente; campanhas de conscientização. Engaje-se você também nessa caminhada e ajude-nos a dirimir dúvidas e a educar para a prevenção!

Um abraço e ótima leitura!

Juarez Cunha
Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)