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Imunização: muito além do gesto vacinal

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Isabella Ballalai - Presidente da SBImO ato de aplicar vacinas – o gesto vacinal – requer conhecimento técnico especializado, pois exerce influência direta sobre a ação protetora que se pretende obter, bem como sobre a prevenção de eventos adversos pós-vacinação (EAPV), mas não é o único fator a se considerar como relevante. As boas práticas em vacinação são um conjunto de medidas que não podem ser negligenciadas ou simplificadas, sob risco de se comprometer a qualidade do atendimento e a segurança da população.

Estão neste rol, por exemplo, a higiene, as instalações prediais e o mobiliário adequados; o armazenamento e o rigoroso controle da cadeia fria na conservação e transporte de vacinas; as rotinas obrigatórias do atendimento; o registro e a condução médica do EAVP, imediato e tardio, e sua notificação, de extrema relevância para a Saúde Pública e para que se evitem conclusões inadequadas quanto à relação causal com as vacinas.

É igualmente importante destacar que a consulta e a orientação pré-vacinação, o reconhecimento precoce de risco para possíveis eventos adversos, além do atendimento e da condução adequados do caso, são de responsabilidade do responsável técnico pelo serviço de vacinação.

Atenta a esses aspectos, a SBIm vem promovendo esforços para garantir a aplicação rigorosa da Portaria Conjunta Anvisa/Funasa, a qual orienta a atuação dos estabelecimentos de saúde de natureza privada, no exercício da atividade de vacinação em todo o território nacional.

Um posicionamento oficial foi protocolado junto à Anvisa, por ocasião de Consulta Pública sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação. Todos os associados da SBIm foram chamados para o envolvimento com as discussões e o envio de sugestões de alteração do texto que ficou sob análise até 31 de maio (leia em https://goo.gl/XkYevL). A proposta foi encaminhada e, neste momento, aguarda-se o pronunciamento dos órgãos competentes, aindas em data definida.

Em paralelo, a SBIm, por meio de sua diretoria, tem participado ativamente do debate na mídia, expondo as particularidades de um serviço privado de vacinação humana, de modo a capacitar o indivíduo para a avaliação crítica sobre a qualidade da assistência. Um esforço que deve ser de todos os envolvidos com as imunizações e comprometidos com a ética profissional e o respeito à população.

Isabella Ballalai
Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)