Nesta semana, chega ao país a primeira vacina contra o herpes zóster, doença causada pela reativação do vírus da catapora com a queda da imunidade e que atinge principalmente idosos.
O herpes zóster, também conhecido como cobreiro, não causa a morte e é pouco frequente –aparece em menos de 0,5% da população. Mas quem tem a doença passa por um sofrimento que não é desprezível. Quando surge, o herpes zóster causa bolhas em algumas áreas do corpo (geralmente no rosto, no pescoço e nas costas) e dores fortes. Na maior parte dos casos, as lesões e as dores vão embora.
O problema, porém, são as complicações que podem surgir após a doença. A mais comum é a neuralgia pós-herpética. A dor, causada por uma inflamação de um nervo, torna-se crônica e compromete bastante a qualidade de vida dos idosos.
O herpes zóster pode ainda causar complicações nos olhos, infecções bacterianas graves nas lesões e doenças como hepatite, pneumonite e meningoencefalite.
“Diante do sofrimento de quem desenvolve o herpes zóster, a imunização é bem-vinda. Vacinas não são exclusivas para crianças, o idoso também tem as suas”, diz Renato Kfouri, presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações).
Como a doença é mais comum na terceira idade, deve se tornar mais frequente no Brasil no futuro com o envelhecimento da população, de acordo com Rosana Richtmann, infectologista do hospital Emilio Ribas.
Para Quem
A vacina, aplicada em dose única, já está disponível há dez anos nos EUA e é oferecida em outros países como Canadá, Reino Unido e Austrália. Mais recentemente, chegou ao México, à Argentina e à Colômbia.
Por Mariana Versolato (Editora-Assistente de Ciência + Saúde)
Fonte: Folha de São Paulo