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Anunciados os vencedores do V Prêmio SBIm de Jornalismo em Saúde

logo premio sbim jornalismoA importância do jornalismo para a promoção da saúde pública, evidenciada recentemente pelo exemplar trabalho na cobertura da pandemia de COVID-19, sempre foi reconhecida pela SBIm. Para celebrar estes profissionais, foi realizada nesta segunda-feira, 22 de junho, em videoconferência, a cerimônia de anúncio dos vencedores do V Prêmio SBIm de Jornalismo em Saúde. A edição teve como tema a Vacinação de Adolescentes.

A análise das reportagens foi feita por uma corpo de jurados, formado pelos médicos Benito Lourenço, Guido Levi e Jessé Alves, além dos jornalistas Ana Lúcia Azevedo e Heródoto Barbeiro. Os primeiros colocados de cada categoria receberam um valor líquido de R$ 4.000,00, e os segundos colocados R$ 2.000,00.

A SBIm agradece a todos os participantes e ao laboratório GSK, que apoiou a iniciativa.

Confira os agraciados:

Digital (internet e agência de notícias)

1º) Ruth Helena Bellinghini – Revista Questão de Ciência

Medo da vacina também pode ser doença: o caso do Acre (acesse aqui)

“Soube do episódio [reação psicogênica à vacina HPV] no Acre por uma amiga. É muito difícil explicar que uma série de fatores externos — como condição social, a equivocada associação da vacina com sexo, religiosidade, entre outros — criaram condições para isso ocorrer. Precisamos martelar incansavelmente a importância da vacinação. Estamos perdendo a confiança da população”.

Ruth Helena Bellinghini

2º) Luana Silva Severo – Site da Câmara Municipal de Fortaleza

Minha saúde é nossa saúde (acesse aqui)

“Queríamos abordar o empoderamento dos jovens a respeito da própria saúde. Eles já tomaram muito para si a questão das IST [infecções sexualmente transmissíveis], mas também há uma outra gama de doenças com as quais é necessário cuidado”.

Luana Silva Severo

Eletrônico (rádio e televisão)

1º) Rita Brito, Amanda Nogueira, Keyton Cabral, Emilie Vieira, Marcélio Barros, Cristiano Silva, Renata Menezes, Ítalo Cavalcante e Lúcio Lima – TV Fortaleza

Vacinação - Direito de todos (acesse aqui)

“Nossa intenção ao produzir o material foi trazer algo diverso e que por vezes está escondido: a realidade de famílias, indígenas, ciganas e quilombolas. Mostrar a importância da vacinação e conversar com esses jovens, que têm consciência sobre a necessidade de se prevenir e que alertam as demais pessoas da comunidade, foi muito gratificante”.

Ítalo Cavalcante

2º) Felipe Harmata Marinho e Lorena Malucelli Pelanda – BandNewsFM

Série Especial: a importância da vacinação na adolescência (acesse aqui)

“Iniciamos a série para tentar simplificar e levar mais informações aos nossos ouvintes sobre a vacina HPV, cuja cobertura é bastante baixa em Curitiba, mas pensamos: por que não ampliar? Entre outros pontos, desmistificamos fake News, explicamos cuidados com a informação e conversamos com uma integrante de um grupo antivacinas”.

Lorena Malucelli Pelanda

Impressos (jornal e revistas)

1º) Rone Fabio Carvalho Junior e Millena Grigoleti da Silva – Diário da Região

Rio Preto imunizada (acesse aqui)

“Embora São José do Rio Preto estivesse com boas coberturas vacinais no momento da matéria, há problemas de esquecimento por parte de pais e há grupos contrários à vacinação. Ou seja, existem brechas para a entrada de doenças. Um dos objetivos foi expor como a falta de vacina é prejudicial. Para isso, colhemos o depoimento de um homem que contraiu poliomielite e tem todo o cuidado para manter a caderneta da filha em dia. Mais que proteção individual, vacina é saúde pública”.

Millena Grigoleti da Silva

2º) Litza Vieira de Mattos Sampaio – O Tempo

Quase metade dos adolescentes não está com a vacina em dia (acesse aqui)

“Chamou bastante atenção o fato de quase todas as vacinas estarem com baixa adesão em Minas Gerais. Quis entender a pouca mobilização, o cenário de fake news, os movimentos antivacinas e todos os demais desafios, para alertar a população de que pode haver desdobramentos, como o aumento de cânceres relacionados ao HPV. O intuito foi fazer uma grande prestação de serviço.”

Litza Vieira de Mattos Sampaio – O Tempo

Para saber mais sobre edições anteriores, clique aqui.

O tema

A adolescência é caracterizada por grandes transformações físicas e psicossociais que estão associadas ao maior risco de adoecimento. Os sentimentos de poder e invencibilidade afloram, a primeira relação sexual costuma acontecer e o consumo de drogas lícitas e ilícitas por vezes é comum. Além disso, a predileção por programas em ambientes de aglomeração, viagens e, em alguns casos, o compartilhamento de objetos pessoais tornam esses indivíduos mais suscetíveis a infecções.

Adolescentes não vacinados são um problema importante em todo o planeta. Isso porque, além das consequências ao próprio organismo, eles são potenciais transmissores de doenças — muitas vezes assintomáticos — e facilitadores de surtos. Imunizá-los, no entanto, é um desafio. Às condições já citadas, somam-se a diminuição das visitas às unidades de saúde, o mito de que vacinas se destinam exclusivamente a crianças e a influência negativa das fake news.

A existência de um calendário de vacinação específico, bem como a ampliação de oferta de vacinas no Programa Nacional de Imunização (PNI) e nas clínicas privadas não têm sido suficientes para estimular a busca pela proteção.