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Estudo descarta relação de gripe na gravidez a risco de autismo em crianças

Resultados de um estudo conduzido pela associação Kaiser Permanente Northern California, nos Estados Unidos, reforçam a tese de que não há ligação entre a gripe durante a gravidez e o autismo. A existência de um possível vínculo tem servido de inspiração para movimentos que defendem que mulheres não se imunizem contra a doença e, assim, evitem que os filhos tenham o transtorno.

Após analisar 196 mil crianças nascidas na Califórnia entre 2000 e 2010, os investigadores concluíram que não há a necessidade de  “mudanças nas políticas ou nas práticas de vacinação” por conta desse argumento.

Das crianças participantes do estudo, 3.100 tinham autismo, condição que os cientistas acreditam ser desencadeada por fatores genéticos e ambientais. Analisando o histórico das mães dos meninos e das meninas, a equipe liderada por Ousseny Zerbo não encontrou qualquer vínculo entre o transtorno e a vacinação contra a gripe durante o segundo e o terceiro trimestres da gravidez, nem nos casos de ocorrência da doença durante toda a gestação.

“Houve uma sugestão de um aumento do risco de transtorno do espectro autista com a vacinação materna no primeiro trimestre, mas não foi estatisticamente significativo depois de considerados outros fatores de risco”, escreveram os investigadores no estudo divulgado, na edição de novembro do Journal of the American Medical Association Pediatrics (Jama). Ainda assim, eles reforçam a necessidade de estudos adicionais.

Publicada originalmente no Estado de Minas