Além de discussões científicas de alto nível, o primeiro dia da XXV Jornada Nacional de Imunizações foi marcado pela emoção. A abertura do evento, que reúne um público de mais 1.000 pessoas no Resort Costão de Santinho, em Florianópolis, Santa Catarina, celebrou os aniversários de 25 anos da SBIm e 50 anos do PNI, completados em 2023.
A cerimônia começou com a exibição de dois vídeos em reconhecimento às instituições. Mais do que destacar momentos históricos, o conteúdo audiovisual teve como foco as pessoas sem as quais o sucesso que ambas alcançaram não teria sido possível. Profissionais como o primeiro presidente da SBIm, Vicente Amato Neto, falecido em 2018, membros fundadores da SBIm — incluindo os que permanecem atuantes — e entidades parceiras foram lembrados.
Em seguida, o vice-presidente da SBIm, Renato Kfouri, e a diretora Isabella Ballalai foram surpreendidos por uma homenagem especial entregue pela atual presidente, Mônica Levi, e pelo diretor Juarez Cunha, mestre de cerimônias da noite. Kfouri resumiu o sentimento em uma frase: “A SBIm fez muito mais por mim do que eu fiz por ela”. “É uma grande emoção. Já tinha ficado emocionada com os vídeos, com o Renato e agora fico ainda mais. Super obrigado”, agradeceu Ballalai.
Em seu discurso, Mônica Levi exaltou o PNI como política de saúde pública. “O Brasil colaborou com a erradicação da varíola, eliminou doenças como a rubéola e a síndrome da rubéola congênita, e tornou raras tantas outras que eram frequentes. Isso tudo se deve ao PNI, que conquistou a confiança da população”, avaliou. Levi destacou que vivemos um momento delicado em função da queda das coberturas vacinais, mas mostrou otimismo: “Vamos nos recuperar e voltar a ser exemplo para o mundo todo”.
Mônica aproveitou a oportunidade para enaltecer o papel da enfermagem, que classificou como “fundamental para as imunizações”. “A vacinação só acontece nas mais de 38 mil UBS e nos CRIE graças à enfermagem, que se dedica com amor, carinho e responsabilidade no dia a dia. Parabenizo todas as enfermeiras aqui presentes e as demais que estão em todo o Brasil”, disse, muito aplaudida.
Diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações, Éder Gatti, ressaltou a parceria com a SBIm. “Temos muito a comemorar juntos, porque a SBIm sempre esteve ao lado do PNI. Além do apoio técnico, contribuiu muito ao levar informação de qualidade para a população durante a pandemia de covid-19, um período tão difícil. Entendemos a SBIm como uma grande aliada, que pode nos ajudar muito a recuperar as coberturas vacinas. Temos uma relação técnica, de amizade, e queremos nos manter dessa forma para continuarmos a crescer”, declarou.
Sônia Faria, representante da SBIm em Santa Catarina e presidente da Jornada, afirmou que era muito satisfatório estar à frente do evento em efemérides tão importantes para a SBIm e o PNI. “É um privilégio fazer parte, em algum momento, desta caminhada. Organizamos está edição da Jornada com muito carinho, para debater como todos vocês o que há de mais importante na área. Destaco, também, que o encontro é uma excelente oportunidade de confraternização entre pessoas que têm uma paixão em comum: as imunizações. Aproveitem”, declarou.
Também compuseram a mesa Lely Stella Guzman Barreira, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); João Fuks, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina; e Helena Maria de Souza, representante da Sociedade Catarinense de Pediatria.
Entrada triunfal e música da melhor qualidade
A chegada do Zé Gotinha na cerimônia levou a plateia ao delírio. Muito aplaudido, o mascote caminhou até o palco, cumprimentou cada um dos presentes e posou para fotos. Na volta, continuou a interagir com o público, encantado com a presença do maior símbolo da saúde pública nacional.
Quem também abrilhantou a noite foi o coral das crianças do Projeto Cultural Marambolê, que brindou o público com a apresentação de músicas brasileiras. A premiada iniciativa foi criada em 2013, com o intuito de levar inclusão por meio da musicalização de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em Florianópolis. Atualmente, o projeto atende 140 pessoas.
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