Números atualizados da Covid-19
Brasil: https://covid.saude.gov.br.
Mundo: https://data.who.int/dashboards/covid19/cases?n=c (em inglês).
Os Coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus que podem levar a quadros clínicos bastante variados: de resfriados comuns a doenças mais graves, a exemplos da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), a síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-1) e, mais recentemente, a covid-19, causada pelo SARS-CoV-2.
Esses vírus são zoonóticos, ou seja, podem ser transmitidos de animais para pessoas. Acredita-se que o SARS-CoV-2 tenha origem em algum coronavírus que circula em morcegos, como o RaTG13, que provavelmente houve um hospedeiro intermediário antes da chegada aos humanos.
Assim como outros vírus, o SARS-CoV-2 pode sofrer mutações ao longo do tempo, em especial quando a circulação na população é alta. As mudanças vêm sendo acompanhadas de perto por laboratórios de saúde pública que fazem o sequenciamento genético das amostras para detectar as variantes em circulação.
São chamadas de variantes de preocupação ou atenção (VOC, na sigla em inglês) aquelas que conferem características antigênicas distintas das cepas originais e que favorecem o vírus. Podem ter, por exemplo, maior transmissibilidade e potencial para “escapar” dos anticorpos produzidos pelas vacinas ou por infecção prévia por outras cepas. Circularam no Brasil as variantes de atenção alfa, gama, delta e, atualmente, predominam subvariantes da ômicron.
Os primeiros registros de covid-19 foram identificados na província de Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Em 31 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a doença como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) e, em 11 de março, declarou pandemia. O fim da emergência global foi anunciado em 5 de março de 2023, com o alerta de que a covid-19 permanecia motivo de atenção e que a possibilidade do surgimento de novas variantes poderia voltar a elevar o número de casos e mortes.
Brasil: https://covid.saude.gov.br.
Mundo: https://data.who.int/dashboards/covid19/cases?n=c (em inglês).
As principais vias de transmissão são semelhantes às de diversas infecções respiratórias: por meio de gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro, principalmente, ou pelo contato indireto com gotículas, ao levar as mãos aos olhos, boca e nariz após tocar em pessoas, superfícies ou objetos infectados.
As gotículas respiratórias são relativamente pesadas, não atingem longas distâncias e rapidamente caem no chão. A transmissão por meio de aerossóis — partículas menores e mais leves que as gotículas — também é possível em circunstâncias especiais.
O período de incubação da covid-19, ou seja, o tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas, varia de um a 14 dias — média de cinco a seis dias. Pessoas infectadas que não apresentam sintomas podem transmitir o vírus.
Para reduzir o risco de disseminação, as pessoas com covid-19 devem se manter isoladas por pelo menos 5 dias, de preferência em casa, desde os primeiros sintomas. O uso de máscara é essencial sempre que houver contato com outras pessoas, mesmo em ambientes abertos e arejados.
As pessoas podem ter covid-19 mais de uma vez. Ainda não se sabe exatamente quanto tempo dura a imunidade após a infecção natural, mas as evidências até o momento sugerem que a reinfecção é rara nos 90 dias após a primeira ocorrência.
Os sintomas mais comuns da covid-19 são:
Sinais de alarme (demandam consulta médica imediata):
Segundo a OMS, cerca de 80% das pessoas com covid-19 se recuperam sem necessidade de tratamento hospitalar; 15% a 20% desenvolvem doença grave, em geral crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas. Nos quadros graves, além do prejuízo ao sistema respiratório, pode haver:
Boa parte dos recuperados permanece com algum sintoma por até quatro meses depois do fim da infecção, o que é chamado de Síndrome Pós-Covid. Casos graves que exigiram internação e UTI tendem a deixar mais sequelas, mas até mesmo episódios leves podem deixar repercussões prolongadas no organismo. Entre as manifestações observadas estão: fadiga, falta de ar, dor de cabeça, dores musculares, queda de cabelo, perda de paladar e olfato (temporária ou duradoura), dor no peito, tontura, tromboses, palpitações, depressão, ansiedade e dificuldades de linguagem, raciocínio e memória.
Complicação da covid-19 que envolve a inflamação de mais de um órgão e sistema. Mais frequente em crianças em idade escolar e adolescentes, pode ocorrer de alguns dias a algumas semanas após a infecção aguda pelo SARS-CoV-2. Além da elevação dos marcadores inflamatórios, as principais manifestações incluem:
No Brasil, os principais fatores de risco para formas graves e óbito são:
Adultos mais velhos e crianças muito pequenas estão sob maior risco. As taxas de mortalidade específicas para os grupos excedem as taxas de mortalidade registrada em pessoas de outras faixas etárias.
Embora a proporção de profissionais de saúde na maioria dos países corresponda a menos de 3% da população em geral, a proporção de casos de covid-19 nesse grupo é maior. As ocorrências foram especialmente altas no primeiro ano da pandemia, quando esse grupo ainda não havia sido vacinado.
De acordo com o Ministério da Saúde, os povos indígenas mais vulneráveis à covid-19 são os que vivem em terras demarcadas. Os motivos são o modo de vida coletivo, que faz com que as doenças infecciosas atinjam rapidamente a maior parte da população em uma aldeia, e as dificuldades de implementação de medidas preventivas, como uso de máscaras e distanciamento. Além disso, a localização das aldeias complica o acesso aos postos de saúde. Em alguns casos, o deslocamento até um serviço de atenção especializada pode levar mais de um dia. Por isso optou-se por vacinar essa população prioritariamente.
Também são considerados com maior risco pela vulnerabilidade social e econômica as populações ribeirinhas e quilombolas, pessoas em situação de rua, refugiados, pessoas com deficiências permanentes e a população privada de liberdade.
As vacinas covid-19 usadas no Brasil demonstraram segurança e eficácia nos estudos clínicos e trouxeram ótimos resultados no “mundo real”. As mortes e hospitalizações por covid-19 caíram expressivamente a partir do início da vacinação publica, com raríssimos registros de eventos adversos graves pós-vacinação.
É importante destacar que o surgimento de variantes de preocupação (VOC) do SARS-Cov-2 demonstrou que há redução na eficácia das vacinas covid-19 contra casos sintomáticos leves e moderados. Embora a proteção contra quadros graves e mortes tenha se mantido, novas vacinas vêm sendo atualizadas de acordo com as variantes em circulação.
As demais medidas preventivas contra a doença também devem continuar a ser adotadas:
Ministério da Saúde: Guia de Vigilância Epidemiológica Covid-19
VacinAção pela Vida - Covid-19. Assista aos vídeos.