Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, seja por alguma doença ou pelo uso de medicamentos, têm mais chance de contrair infecções que podem evoluir com maior gravidade, levar à internação e mesmo à morte. Felizmente, muitas dessas infecções podem ser prevenidas por vacinas.
Para facilitar a correta orientação de pacientes com essas características, reunimos informações essenciais para que se possa compreender a importância da vacinação e suas particularidades, organizadas de acordo com as necessidades de cada grupo.
Navegando pelos títulos, você vai saber as indicações, os esquemas vacinais, onde encontrar as vacinas e os procedimentos para ter acesso gratuito àquelas que são oferecidas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Informe-se e converse com o seu(sua) médico(a) sobre a atualização da sua carteira de vacinação.
Podemos dividir as pessoas com recomendações especiais em dois grupos:
a) Imunocompetentes
Pessoas com algumas doenças crônicas que não causam prejuízo significativo ao sistema imunológico, mas que podem apresentar maior vulnerabilidade a algumas infecções e suas complicações ou terem a doença de base descompensada. Além disso, a resposta imune a vacinas pode sofrer algum prejuízo. Exemplos:
Diabetes;
Ausência ou mau funcionamento do baço (asplenia anatômica ou funcional);
São aquelas que têm menor capacidade de responder a infecções e à vacinação. Essa deficiência no sistema imunológico, causada por alguma enfermidade crônica ou medicamento, aumenta a probabilidade de adoecer e de ter complicações que podem levar à hospitalização e até à morte. Exemplos:
Pessoas com câncer;
Pessoas que vivem com HIV;
Portadores de erros inatos da imunidade (imunodeficiências primárias);
Pessoas com doenças autoimunes que levam à imunodepressão ou que controlam a enfermidade com medicamentos imunodepressores;
Pessoas submetidas a transplantes de órgãos sólidos ou de células-tronco hematopoiéticas/medula óssea (TCTH/TMO).
c) Pessoas que convivem com imunodeprimidos
Para reduzir a probabilidade de transmissão de vírus e bactérias, conviventes domiciliares, profissionais de saúde que atendem imunodeprimidos, professores, cuidadores e pessoas que doarão órgãos ou medula óssea (células-tronco hematopoiéticas) devem estar plenamente vacinados, mesmo que não façam parte de nenhum grupo de risco. Além das vacinas indicadas para a faixa etária, é necessário seguir, se houver, as recomendações e precações específicas para cada quadro.
A vacinação é imprescindível para as pessoas com condições especiais de saúde porque as infecções têm mais chance de evoluírem de forma grave neste grupo do que no restante da população. Além disso, há o risco de descompensação da doença de base.
Por serem pacientes com características bastante específicas, pode haver a necessidade de esquemas diferentes, reforços adicionais ou indicações que não fazem parte da vacinação de rotina. Em determinados casos, haverá precauções ou contraindicações.
A vacinação, portanto, requer planejamento adequado e individualizado por parte do(a) médico(a). Entre os fatores que serão analisados pelo profissional, estão os riscos específicos para as diferentes infecções preveníveis por vacina, o grau do comprometimento da imunidade, além do histórico vacinal, que deve ser consultado sempre que possível.
Segurança
O grau de imunodepressão e o tipo da vacina interferem diretamente na segurança:
Pessoas com doenças de base com grau leve ou sem imunodepressão
As vacinas atenuadas (feitas com bactérias ou vírus vivos enfraquecidos) e as inativadas (feitas com bactérias ou vírus mortos ou apenas partes do agente infeccioso) podem ser são tão seguras quanto para a população em geral.
Pessoas com imunodepressão moderada a grave
As vacinas atenuadas são geralmente contraindicadas, pois há a possibilidade do agente infeccioso enfraquecido, nesses pacientes, ser capaz de causar doença. Quando a imunodepressão é causada por tratamento, essas vacinas poderão ser aplicadas após o encerramento ou suspenção, respeitando o intervalo mínimo recomendado para cada medicação. Saiba mais em Vacinação de pessoas em tratamento imunodepressor – intervalo entre descontinuidade do tratamento e aplicação de vacinas.
Em situações que exigem proteção rápida contra algum agente infeccioso cuja vacina é contraindicada ou não é possível aguardar o tempo para a resposta vacinal, podem ser usadas imunoglobulinas — anticorpos já prontos para a proteção do paciente de risco —, disponíveis nos CRIE. Saiba mais em Imunoglobulinas e suas indicações.
Eficácia
A eficácia das vacinas pode ser menor em pacientes especiais, mesmo entre aqueles que não são imunodeprimidos. Para contornar o problema, estratégias como esquemas alternativos, dosagens diferentes e administração em momentos do tratamento mais convenientes podem ser adotadas.
Os Calendários de vacinação SBIm para pacientes especiais seguem protocolos nacionais e internacionais, mas as diferenças nas condições clínicas de cada indivíduo — inclusive entre os que têm a mesma doença —, podem requerer a adaptação das recomendações. Sempre consulte o médico responsável pelo seu acompanhamento antes de se vacinar.
Algumas vacinas que não são oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) ou nos CRIE (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais) estão disponíveis em serviços privados de vacinação.
O objetivo da vacinação é apresentar ao organismo antígenos de vírus e bactérias incapazes de causar doença (mortas, enfraquecidas ou fragmentadas) para estimular o sistema imunológico a produzir células de defesas e anticorpos específicos contra eles, o que reduz o risco de infecções. Esse processo é chamado de “resposta imune”. O grau de proteção obtido representa a eficácia da vacina.
Alguns fatores, no entanto, podem interferir nesse processo de construção da imunidade: o tipo de antígeno utilizado, falhas na conservação das vacinas, desrespeito aos intervalos mínimos entre doses de mesma vacina ou de vacinas diferentes, além de idade, características genéticas, estado imunológico do vacinado e outros.
Há várias condições de saúde que aumentam a vulnerabilidade a doenças infecciosas e diminuem a eficácia ou o tempo de proteção conferido pela vacina. Alguns exemplos são: asplenia (falta ou perda da função do baço), câncer, transplantes, doenças inflamatórias crônicas, infecção por HIV, uso de medicamentos imunossupressores, entre outros.
Ainda assim, essas pessoas sempre se beneficiarão da vacinação – mesmo que seja preciso lançar mão de esquemas específicos ou observar precauções e contraindicações em alguns casos.
A análise do estado clínico dos pacientes com condições especiais é fundamental para a indicação de vacinas. As informações obtidas norteiam tanto a recomendação de quais são especialmente recomendadas como as precauções necessárias e eventuais contraindicações, definitivas ou temporárias.
A triagem cuidadosa evita oportunidades perdidas com falsas contraindicações, proporciona a máxima proteção possível e permite determinar os esquemas vacinais mais adequados para cada situação.
A principal chave para definir as indicações é entender o grau do comprometimento imunológico e o quanto isso interfere na suscetibilidade a doenças específicas e na resposta vacinal. O profissional da saúde deve determinar as vacinas essenciais e o melhor momento para utilizá-las.
Quanto ao grau de imunodepressão, pode ser classificado como leve, moderado ou grave, a depender da capacidade de resposta diante de agentes infecciosos ou vacinas. É necessário, ainda, considerar algumas variáveis: doença de base e alterações que causa no funcionamento do organismo, medicação utilizada (dose, tempo e mecanismo de ação) e se o imunocomprometimento é temporário ou permanente. A partir desses dados, é possível estabelecer o planejamento para a imunização, quais as vacinas e/ou imunoglobulinas apropriadas e qual o melhor momento para serem aplicadas.
Contraindicações
O (a) médico(a) precisa avaliar cada caso. Dependendo da enfermidade de base, do status imunológico no momento da vacinação e do risco de adoecimento, a aplicação pode ser autorizada ou adiada, a fim de organizar o calendário da maneira mais rápida e confortável para o paciente.
As contraindicações formais são as mesmas da população em geral: anafilaxia a um dos componentes da vacina ou após dose anterior. Outras contraindicações dependerão das variáveis já expostas.
Precauções
Pode ser necessário adiar a vacinação diante de doença febril moderada a grave. A medida evita que uma eventual piora do quadro seja confundida com um evento supostamente atribuível à vacinação ou imunização.
Pessoas com distúrbios de coagulação ou em uso de anticoagulantes demandam cuidados adicionais na técnica de aplicação das vacinas intramusculares, para evitar sangramentos e hematomas. De acordo com a doença de base e a gravidade, pode ser indicada a via subcutânea ou a administração de fator de coagulação ou concentrado de plaquetas antes da aplicação.
Reações alérgicas tardias, que ocorrem após 48 a 96 horas da vacinação, em geral não representam risco de vida e não contraindicam o uso das vacinas.
Vacinas que contêm mercúrio (timerosal) raramente provocam reações de hipersensibilidade. Quando ocorrem, costumam ser locais e tardias. A vacinação não é contraindicada nessas situações, a menos que tenha ocorrido uma reação anafilática.
Eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização considerados graves após a administração de doses anteriores devem ser avaliados pelo(a) médico(a), caso a caso, antes da indicação de doses subsequentes.
A necessidade de doses de reforço ou de revacinação após período de imunodepressão medicamentosa precisa ser analisada de forma individualizada.
Histórico de doença que causa imunocomprometimento, uso de drogas imunodepressoras, imunoglobulinas e transfusões demandam maior atenção quanto ao melhor momento para se aplicar vacinas:
A vacinação de conviventes minimiza o risco de transmissão de doenças infecciosas, em especial nas situações em que a imunodepressão contraindica ou reduz a eficácia de algumas vacinas.
Entre os conviventes estão pessoas que vivem no mesmo domicílio, cuidadores, profissionais da educação e da saúde. Todos devem manter o calendário vacinal atualizado, de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e, se possível, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Os conviventes, inclusive, podem receber nos Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) algumas vacinas que não constam no calendário público de vacinação de rotina para sua faixa etária.
Vale lembrar ainda a importância da vacinação do doador de órgão e de células tronco-hematopoiéticas, que evitará a transmissão para o receptor de doença prevenível por vacina. Doadores também devem estar em dia com seus calendários de vacinação.
Elas simulam uma infecção natural, sem causar doença, em geral têm grande capacidade protetora, conferem imunidade em longo prazo e demandam menos doses. Isso porque a replicação do vírus vacinal atenuado no organismo ativa potentes respostas imunes.
Pessoas com imunodepressão grave, contudo, não podem receber essas vacinas, pois existe o risco do vírus ou da bactéria vacinal, embora enfraquecido, desencadear a doença que deveria ser prevenida.
Vacinas inativadas
Sem agentes infecciosos vivos, são obtidas de diversos modos: inativação por meios físicos ou químicos que eliminam a infectividade (capacidade infecciosa), mas mantêm a capacidade de desencadear resposta imune; modificação das toxinas produzidas pelo agente infeccioso; isolamento de componentes dos microrganismos responsáveis pela infecção e pelo desencadeamento da resposta imune; alteração do agente infeccioso por engenharia genética; ou a partir de subunidades ou fragmentos dos vírus ou bactérias.
Algumas recomendações
Pacientes que entrarão em tratamento que leva a imunodepressão devem, idealmente, receber as vacinas vivas atenuadas após seu diagnóstico e antes do início da terapia. Isso possibilita maior segurança e melhor resposta vacinal.
Vacinas inativadas podem ser administradas durante tratamentos imunodepressores, masa proteção poderá ser menor do que a desejada.
Vacinas inativadas podem ser recomendadas no pré e pós-transplante de órgãos sólidos (pulmão, rim, fígado e coração). No entanto, após o transplante, deve ser respeitado um intervalo mínimo para que a resposta vacinal seja mais efetiva.
Pessoas submetidas a transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) devem aguardar no mínimo três meses para iniciar a aplicação de vacinas inativadas e dois anos para as vacinas vivas atenuadas, após a função do sistema imunológico ser restabelecida. Para a tríplice viral, exceção, pode ser considerado intervalo de um ano. Quando ocorre a rejeição do órgão transplantado (doença do enxerto contra o hospedeiro/DECH), as vacinas vivas atenuadas permanecem contraindicadas.
É segura a aplicação simultânea de mais de uma vacina em locais anatômicos diferentes, situação comum diante da eventual necessidade de um maior número de vacinas no menor período possível.
A depender da doença de base, do estado imunológico e das suscetibilidades específicas associadas às diferentes categorias de situação especial, podem ser adotadas doses dobradas, esquemas com maior número de doses, doses de reforço e indicação de vacinas fora do calendário de rotina para a faixa etária. Estas recomendações são detalhadas nos artigos sobre cada condição clínica.
Ferimentos (risco de tétano), acidentes que envolvam sangue potencialmente contaminado (hepatite B) e outras situações podem exigir a proteção rápida da pessoa imunodeprimida que não pôde se vacinar ou cujo grau de proteção conferido por vacinação anterior seja incerto. Nesses casos, a opção é a administração de anticorpos prontos (imunoglobulinas), método chamado de “imunização passiva artificial”, que agem mais rápido do que as vacinas.
A imunização passiva artificial pode ser heteróloga (soros), feita a partir da transfusão de anticorpos obtidos do plasma de animais previamente vacinados (em geral, cavalos); ou homóloga, a partir de anticorpos obtidos do plasma de seres humanos (imunoglobulinas).
O segundo método é o mais seguro. Enquanto reações de hipersensibilidade (alergias) às imunoglobulinas humanas são pouco frequentes, cerca de uma a cada 40 mil pessoas que recebem soro apresenta reações importantes, entre elas a anafilaxia e a doença do soro.
As imunoglobulinas humanas podem ser divididas em dois tipos:
Padrão (standard) — Incluem anticorpos contra mais de uma doença. Como a concentração de anticorpos específicos é menor, é usada, na prática, em poucas situações — entre elas, a prevenção do sarampo e da hepatite A.
Específicas — Compostas por maiores concentrações de anticorpos especificamente direcionados contra um microrganismo ou toxina. São exemplos de imunoglobulinas humanas específicas: tétano, hepatite B, raiva e varicela (catapora).
Todas estas imunoglobulinas são constituídas basicamente por IgG. A duração da proteção é variável, mas a média é de 21 a 28 dias.
A imunização ativa (vacinação) e a passiva (imunoglobulina) podem ser indicadas de forma simultânea para algumas situações de alto risco: recém-nascidos de mães com hepatite B, possibilidade de infecção por raiva ou acidente de indivíduos não vacinados com material potencialmente contaminado pela bactéria que causa o tétano.
É importante destacar que a imunização passiva pode prejudicar a eficácia de vacinas vivas atenuadas, às vezes durante muitos meses. Por isso, após o procedimento, é necessário respeitar intervalos mínimos para a aplicação deste tipo de vacina. Saiba mais aqui.
Como as imunoglobulinas e outros produtos derivados do sangue contêm, em maior ou menor quantidade, uma mistura de vários anticorpos, a utilização pode interferir na resposta imune às vacinas atenuadas. Desta forma, recomenda-se intervalos mínimos entre a aplicação de produtos contendo imunoglobulinas e vacinas vivas atenuadas. Confira no quadro:
Intervalo para administração de vacinas vivas atenuadas, de acordo com produto
Imunoglobulinas humanas específicas administradas por via IM
Imunobiológicos
Dose
Intervalo (meses)
Imunoglobulina humana antitetânica
250 UI (10 mg de IgG/kg)
Três
Imunoglobulina humana anti-hepatite-B
0,06 ml/kg (10 mg de IgG/kg)
Três
Imunoglobulina humana antirrábica
20 UI/kg (22 mg de IgG/kg)
Quatro
Imunoglobulina humana antivaricela-zóster
125 UI/10 kg - máximo 625 U
Cinco
Sangue e hemoderivados
Produtos
Dose
Intervalo (meses)
Hemácias lavadas
10 ml/kg (quase sem IgG)
Zero
Concentrados de hemácias
10 ml/kg (20-60 mg de IgG/kg)
Cinco
Sangue total
10 ml/kg (80-100 mg de IgG/kg)
Seis
Plasma ou plaquetas
10 ml/kg (160 mg de IgG/kg)
Sete
Imunoglobulina intravenosa (reposição)
300 a 400 de IgG/kg
Oito
Imunoglobulina intravenosa (terapêutica*)
1.000 de IgG/kg
Dez
Imunoglobulina intravenosa (terapêutica*)
1.600 a 2.000 de IgG/kg
11
Imunoglobulina intramuscular (profilática**)
0,5 ml/kg
Seis
Fonte: * Modificado de American Academy of Pediatrics, 2018
Pessoas com câncer, transplantados ou com algumas doenças crônicas podem precisar de medicamentos que comprometem em diferentes graus o funcionamento do sistema imune, seja de forma temporária ou permanente.
O ideal é que essas pessoas e seus contatos domiciliares sejam avaliados e vacinados entre duas e quatro semanas antes do início do tratamento. Isso porque, além do maior risco para infecções durante a imunodepressão causada pelo tratamento, as vacinas vivas atenuadas são contraindicadas nessa situação.
O grau de imunodepressão, bem como sua persistência, varia com a droga, a dose e a duração do tratamento. Portanto, cada caso deve ser examinado individualmente pelo(a) médico(a). Conheça os principais tipos de medicamentos imunossupressores:
Corticosteroides (corticoides): são considerados imunossupressores em dose ≥2 mg/kg/dia de prednisona ou seu equivalente para crianças, ou ≥20 mg/dia por 14 dias ou mais para crianças e adultos.
Importante: o uso de corticoide tópico (colírio, creme ou pomada), inalatório ou intra-articular não é considerado imunossupressor.
Drogas imunodepressoras biológicas como infliximabe (anti-TNF alfa) e outros anti-TNF; rituximabe (anticélulas B), abatacept (reduzem ativação de células T); tocilizumabe (anti IL-6), eculizumabe (reduzem ativação do sistema complemento que integra a resposta imune): qualquer dose é considerada imunodepressora.
Drogas imunodepressoras não biológicas como metotrexato, ciclosporina, tacrolimus, micofenolato de mofetila, azatioprina, ciclofosfamida, leflunomida, 6-mercaptopurina: a imunodepressão depende da dose.
As vacinas inativadas podem ser aplicadas sem risco durante o tratamento com essas drogas, com a ressalva de que talvez seja preciso repeti-las após a interrupção do tratamento e restabelecimento das funções do sistema imune, para assegurar a resposta adequada. Já as vacinas vivas atenuadas não devem ser administradas durante o tratamento. A administração deve ocorrer após a terapia imunossupressora ser cessada e o sistema imunológico do paciente ter se restabelecido. Os intervalos mínimos a serem respeitados dependem da medicação, como demonstrado no quadro a seguir:
Intervalo para administração de vacinas vivas atenuadas, de acordo com produto
Uso de drogas que podem causar imunocomprometimento e intervalo entre descontinuidade do tratamento e aplicação de vacinas atenuadas
Drogas
Dose imunossupressora
Intervalo para vacinação
Corticoides (Predisona ou equivalente)
≥ 2 mg/kg/dia ou ≥ 20 mg/dia por mais de duas semanas
Um mês
Metotrexato
≥ 0,4 mg/kg/semana; ≥ 20 mg/dia
Um a três meses
Leflunomida
0,25 - 0,5 mg/kg/dia; ≥ 20 mg/dia
Quando níveis séricos estiverem abaixo de 0,02 mg/L
Sulfasalazina e hidroxicloroquina
-
Nenhum
Micofenolato de mofetila
3 g/dia
Três meses
Azatioprina
1 - 3 mg/kg/dia
Três meses
Ciclofosfamida
0,5 - 2,0 mg/kg/dia
Três meses
Ciclosporina
≥ 2,5 mg/kg/dia
Três meses
Tacrolimus
0,1 a 0,2 mg/kg/dia
Três meses
6-mercaptopurina
1,5 mg/kg/dia
Três meses
Biológicos: antitocinas e inibidores da coestimulação do linfócito T
Três meses, mínimo de cinco meias-vidas, ou o que for menor
Biológicos depletores de linfócitos B
Seis meses
Sintéticos alvo-específicos: inibidores da JAK (Tofacitinibe)
Duas semanas
Observações:
1. Vacinar preferencialmente antes da imunossupressão. Vacinas inativadas devem ser administradas pelo menos 14 dias antes do início da terapia imunossupressora e as vivas atenuadas idealmente quatro semanas antes. Na impossibilidade de aguardar, manter intervalo mínimo de duas semanas.
2. Bebês de mulheres que utilizaram biológicos durante a gestação: vacinas vivas atenuadas podem ser aplicadas após 6 a 8 meses de idade.
As vacinas estão entre os produtos farmacêuticos mais seguro, mas ainda assim podem acontecer os chamados “eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização” (ESAVI)”. O termo se refere a qualquer ocorrência médica indesejável que ocorra depois da vacinação, mesmo que não tenha sido causada pela vacina. Às vezes, a relação é apenas coincidência temporal. A maioria dos ESAVIS é leve ou moderado. Os graves, extremamente raros, são situações que:
requerem intervenção médica prolongada ou hospitalar;
resultam em incapacidade persistente e/ou significativa;
resultam em uma anomalia congênita;
resultam em morte.
De modo geral, em pessoas sem histórico de hipersensibilidade ou de doença que cause imunocomprometimento não há como prever se haverá reação a uma vacina e se o episódio será leve ou grave. Para minimizar o risco, é importante seguir as diretrizes de boas práticas em vacinação e identificar, antes da aplicação, se existe ou não contraindicação ou precauções para alguma vacina. Pessoas com história de ESAVI grave em vacinação anterior e/ou com condições especiais demandam mais atenção.
Observação: a Reação de Arthus — ESAVI local que pode acontecer com qualquer pessoa após a aplicação de diversas vacinas — é frequentemente confundida com quadros infecciosos (celulite ou abscesso) e tratada desnecessariamente com antibióticos. Todo profissional da saúde que trabalha com imunizações deve saber identificar que a relação temporal precoce entre os sinais/sintomas e a vacinação direciona o diagnóstico para Reação de Arthus e fornecer a orientação adequada.
Uso da mesma vacina após ESAVI
Muitos ESAVIs graves são situações pontuais que não se repetem com doses subsequentes da vacina. Dessa maneira, é possível continuar o esquema com a mesma vacina, desde que sob orientação e, eventualmente, supervisão médica rigorosa. A exceção se dá quando há histórico confirmado de anafilaxia à vacina ou a um de seus componentes — neste caso, a contraindicação é absoluta.
Cabe ao profissional da saúde, diante de um ESAVI, notificar o serviço de vigilância local e o fabricante da vacina, além de acompanhar, avaliar e investigar o caso. Com essas informações em mãos é possível definir se há segurança para a revacinação ou continuidade do esquema vacinal com determinadas vacinas. Veja as orientações do Ministério da Saúde sobre a notificação e condutas diante de ESAVI em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_vacinacao_4ed.pdf.
Anafilaxia (alergia grave)
Anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade muito rara. No geral, a chance de ocorrer após uma única dose da vacina é de cerca de um caso por milhão, embora o risco varie de acordo com o tipo de vacina. Entre os componentes da vacina mais frequentemente implicados nesse tipo de reação alérgica estão alguns antibióticos, gelatina e proteínas do ovo.
Pessoas alérgicas ao látex (borracha) estão em risco de ESAVI caso haja traços da substância no equipamento que contém a vacina, como tampas de frascos e êmbolos de seringa. Assim, antes da vacinação, o profissional da saúde deve consultar as bulas e outros meios de informação sobre os produtos.
Avaliação de pessoas com histórico de alergias
Todo serviço de vacinação deve investigar se há história de alergias e reações anteriores antes de administrar qualquer dose de vacina. Dependendo da alergia, pode ou não haver contraindicação para a vacinação.
Reações alérgicas a algum antibiótico (neomicina, por exemplo) restritas a manifestações de pele (como erupções cutâneas) não são consideradas fatores de risco para uma reação alérgica grave (anafilaxia) a vacinas que contenham esse antibiótico.
Pessoas com alergia a proteína do ovo de galinha (ovalbumina) podem receber as vacinas influenza (gripe), tríplice viral e tetraviral, que contêm quantidade desprezível da substância. No caso da vacina febre amarela, por outro lado, aqueles que apresentam histórico de anafilaxia ao ovo devem ser submetidos a um protocolo especial, pois a quantidade de ovalbumina na fórmula é maior. Para tanto, devem buscar aconselhamento especializado nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Pessoas com asplenia anatômica ou funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas a alterações no baço
Por que o cuidado especial?
O baço, órgão situado no abdômen, atua na produção de anticorpos, na remoção de partículas não desejadas e como um reservatório para as células do sangue, especialmente os leucócitos (células de defesa) e as plaquetas (responsáveis pela coagulação). Desta forma, tanto seu mau funcionamento (asplenia funcional) quanto sua ausência (asplenia anatômica) deixam a pessoa mais vulnerável à infecção por algumas bactérias, como pneumococos, meningococos e o Haemophilus influenzae b, que possuem cápsulas em sua estrutura e são combatidas principalmente pelo órgão.
Vacinas especialmente recomendadas
As recomendações a seguir destinam-se às pessoas que têm asplenia anatômica ou funcional; hemoglobinopatias, como anemia falciforme; doenças de depósito e outras doenças associadas à disfunção esplênica sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de outras condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.
É importante ressaltar que pessoas que serão submetidas à retirada do baço eletiva (planejada) devem receber as vacinas contra bactérias encapsuladas (meningococo, pneumococo e Haemophilus influenzae b) idealmente até duas semanas antes da cirurgia. Caso não seja possível, a vacinação deve ser feita a partir de duas semanas após a cirurgia, o mais precocemente possível.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir de 9 anos: uma dose anual;
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de pessoas com asplenia anatômica ou funcional, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como os asplênicos. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é vacina utilizada na rotina para crianças até antes de completar 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
Nas UBS e nos CRIE
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS e a terceira nos CRIE. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com intervalo de cinco anos.
Recomendações da SBIm
A SBIm recomenda para os asplênicos a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que já estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo dependem da idade de início da vacinação:
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado o envio da vacina.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado o envio da vacina.
A partir de 1 ano e não vacinados: duas doses, com intervalo de dois meses;
São necessárias doses de reforço a cada 5 anos ao longo da vida;
Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY aos 5, 11 e 16 anos ou com intervalos de 5 anos na infância e adolescência. Além disso, para asplênicos, reforços a cada cinco anos ao longo de toda a vida.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado o envio da vacina.
Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Esquema de doses
Crianças: esquema básico de acordo com os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
Adolescentes e adultos: o número de doses varia de acordo com a faixa etária e o laboratório produtor. O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.
Atenção: Uma dose de reforço deve ser aplicada um ano após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. Além disso, revacinar a cada dois ou três anos.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).
Esta vacina é especialmente recomendada para pessoas com hemoglobinopatias e doença de depósito.
Esquema de doses
Crianças a partir de 1 ano de idade: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses;
Adolescentes e adultos suscetíveis não vacinados anteriormente: duas doses com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado o envio da vacina.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Consultar calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Importante: em vigência de imunossupressão grave, como pacientes em uso de hidroxiureia e contagem de neutrófilos inferior a 1.500 células/mm3, as vacinas vivas atenuadas estão contraindicadas: BCG, rotavírus, pólio oral (VOP), febre amarela, SCR, varicela, SCR-V, dengue e herpes-zóster atenuada. Se o paciente for moderadamente imunocomprometido, devem ser avaliados parâmetros clínicos e o risco epidemiológico para tomada de decisão para a recomendação das vacinas atenuadas.
Vacinacão de contatos domiciliares
A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com asplenia anatômica ou funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas a disfunções do baço estejam em dia com os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Sabe-se que a hiperglicemia – alta concentração de açúcar no sangue, comum em quem vive com diabetes – afeta múltiplos mecanismos do sistema imunológico e aumenta a chance de infecções e suas complicações, incluindo o óbito. Confira algumas doenças que podem ser mais graves em diabéticos:
Pessoas que vivem com diabetes estão entre os indivíduos com maior chance de desenvolver formas graves da doença, necessitar de hospitalização e até morrer. No Brasil, cerca de 70% das mortes por influenza (gripe) ocorrem em indivíduos pertencentes aos grupos de risco. Desses, entre 20% e 30% têm diabetes mellitus.
Pessoas que vivem com diabetes têm risco 50% maior para este tipo de pneumonia e até 4,5 vezes maior para as doenças pneumocócicas mais graves (chamadas de invasivas), como meningite e infecção generalizada/septicemia. Existe alta probabilidade de hospitalização, inclusive em unidades de terapia intensiva.
Dados americanos demonstram um risco três vezes maior de herpes-zóster, popularmente chamada de “cobreiro”, entre pessoas que vivem com diabetes acima de 65 anos. Em mais jovens, o risco é de 1,3 a duas vezes maior.
O diabetes tipo 2 duplica nos infectados crônicos pelo vírus da hepatite B a possibilidade de complicações hepáticas, como cirrose, câncer, necessidade de transplante hepático e morte. A recíproca é verdadeira: a infecção pelo vírus da hepatite B aumenta a probabilidade de complicações decorrentes do diabetes.
Os dados evidenciam a importância de a pessoa com diabetes manter atualizado o calendário de vacinação para a sua faixa etária, incluindo as vacinas não previstas na vacinação de rotina do sistema público para a população em geral.
Vacinas especialmente recomendadas
As recomendações a seguir destinam-se a pessoas com diabetes e sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir de 9 anos: uma dose anual;
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradoura conferida pelas vacinas influenza a idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de pessoas que vivem com diabetes, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para mais sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como os diabéticos. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades. A vacina VPC13 não está disponível na rede pública para pessoas com diabetes.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
Nas UBS e nos CRIE
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com cinco anos de intervalo.
Recomendações da SBIm
A SBIm recomenda para pessoas com diabetes a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e os intervalos dependem da idade de início da vacinação:
Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos já vacinados com vacinas conjugadas (VPC10 ou VPC13): respeitar intervalo de dois meses em relação à última dose da vacina conjugada e aplicar a VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos depois;
Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Consultar calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal uma única vez.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS, CRIE e serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui);
Onde se vacinar
Serviços privados de vacinação.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Importante: Na presença de imunodepressão as vacinas atenuadas BCG, VOP (poliomielite oral), rotavírus, tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola, varicela), varicela, febre amarela, herpes-zóster atenuada e dengue estão contraindicadas.
Vacinacão de contatos domiciliares
A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas que vivem com diabetes estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
A vacinação de pessoas com doenças pulmonares ou cardíacas crônicas é extremamente importante, na medida em que as infecções tendem a ser mais graves e podem descompensar ou agravar a doença de base. Vírus e bactérias respiratórios, como os que causam a gripe e a pneumonia, estão entre os que demandam atenção. Confira algumas informações:
No Brasil, cerca de 70% das mortes por influenza (gripe) ocorrem em indivíduos pertencentes aos grupos de risco. Desses, entre 20 e 30% têm doença cardiovascular ou pulmonar crônica. Além disso, estudos demonstram que o vírus influenza aumenta as chances de infarto do miocárdio.
Causadas pela bactéria pneumococo, a pneumonia e as doenças pneumocócicas invasivas (como meningite ou infecção generalizada/septicemia) – formas mais graves da infecção e que frequentemente levam à hospitalização ou à morte – são fontes de importante preocupação. O risco de doença invasiva é sete vezes maior entre pessoas com enfermidades crônicas no pulmão e dez vezes maior entre pessoas com enfermidades crônicas no coração.
Embora o risco de contrair a doença não seja maior, como no caso de outras infecções respiratórias, a coqueluche tem mais chance de evoluir com gravidade ou causar complicações das doenças de base pulmonares e cardíacas.
A probabilidade de acidentes cardiovasculares é elevada nos meses seguintes ao desenvolvimento de herpes-zóster (HZ), também conhecido como “cobreiro”. A vacinação de adultos acima de 50 anos contribui para evitar a HZ e suas complicações.
Vacinas especialmente recomendadas
As recomendações a seguir destinam-se a pessoas com pneumopatia ou cardiopatia crônicas sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, ou caso seja candidato a transplante ou transplantado, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir de 9 anos: uma dose anual;
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradoura conferida pelas vacinas influenza a idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de pessoas com cardiopatia e/ou pneumopatia crônicas, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para mais três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como cardiopatas e pneumopatas crônicos. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades. A vacina VPC13 não é oferecida pelo sistema público para esses pacientes.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
Nas UBS e nos CRIE
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com cinco anos de intervalo.
Recomendações da SBIm
A SBIm recomenda para os cardiopatas e pneumopatas crônicos a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e os intervalos dependem da idade de início da vacinação:
Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade já vacinados anteriormente com vacinas conjugadas (VPC10 ou VPC13): respeitar intervalo mínimo de dois meses em relação à última dose da vacina conjugada e aplicar a VPP23. Uma segunda dose deve ser aplicada cinco anos depois;
Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
Observações:
Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser aplicada nos CRIE.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Previnem coqueluche, tétano, difteria e, no caso das combinações, outras doenças. O uso das vacinas acelulares (DTPa, dTpa e suas combinações) é preferível por causar menos reações do que as vacinas de células inteiras (DTPw e DTPw-HB/Hib).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para cardiopatas e pneumopatas crônicos a partir de 50 anos de idade — especialmente àqueles com risco aumentado de distúrbios cardiovasculares. A indicação é válida mesmo para quem já teve a doença e/ou foi previamente vacinado com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA). O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.
Esquema de doses
Duas doses, com intervalo de dois meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).
Onde se vacinar
Serviços privados de vacinação.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte calendários SBIm de vacinação SBIm para cada faixa etária.
A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com doenças crônicas do coração e/ou pulmão estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Pessoas com doenças crônicas do fígado (hepatopatias)
Por que o cuidado especial?
As doenças crônicas do fígado (hepatopatias) representam um sério problema de saúde pública. Entre suas múltiplas causas, as principais são: infecção pelos vírus das hepatites B e C e hepatite causada pelo consumo excessivo de álcool. As formas crônicas, que evoluem ao longo do tempo, podem levar à cirrose e à necessidade de transplante de fígado.
O cuidado com pessoas nessas condições deve incluir a vacinação, uma vez que as infecções podem ser mais graves ou ainda descompensar ou agravar o quadro clínico. Em relação às infecções virais hepáticas, que lesariam ainda mais o fígado, e às infecções respiratórias (gripe e pneumonia pneumocócica), a atenção precisa ser redobrada. Confira algumas informações que reforçam a importância da vacinação.
A influenza (gripe) é uma infecção potencialmente grave, sobretudo para pessoas com doenças crônicas. No Brasil, cerca de 70% das mortes pela doença ocorrem em indivíduos pertencentes aos grupos de risco.
Causadas pela bactéria pneumococo, a pneumonia e as doenças pneumocócicas invasivas (como meningite ou infecção generalizada/septicemia) – formas mais graves da infecção e que frequentemente levam à hospitalização ou à morte – são fontes de importante preocupação para as pessoas com hepatopatias crônicas, sobretudo para aquelas com hepatopatia alcoólica. Nesses casos, o risco de doença invasiva é cerca de 11 vezes maior do que no restante da população.
Causadas por vírus, as hepatites A e B podem aumentar consideravelmente o risco de consequências graves em pessoas que já têm hepatopatias crônicas. Se a doença prévia é decorrente de hepatite B ou C, a infecção não raramente favorece a progressão da doença hepática e a evolução para cirrose e câncer do fígado.
Vacinas especialmente recomendadas
As recomendações a seguir destinam-se a pessoas com hepatopatia crônica sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, ou caso seja candidato a transplante ou transplantado, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose nos anos seguintes;
A partir de 9 anos: uma dose anual;
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradoura conferida pelas vacinas influenza a idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de pessoas com doença hepática crônica, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes: iniciando com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para mais três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como os hepatopatas crônicos. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças até menores 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível apenas para hepatopatas imunodeprimidos, ou seja, em tratamento com imunossupressores, candidatos a transplante de fígado ou transplantados.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
Nas UBS e nos CRIE:
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com cinco anos de intervalo.
Recomendações SBIm
A SBIm recomenda para os hepatopatas a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e os intervalos dependem da idade de início da vacinação:
Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13. com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade já vacinados anteriormente com vacinas conjugadas (VPC10 ou VPC13): respeitar intervalo mínimo de dois meses em relação à última dose da vacina conjugada e aplicar a VPP23. Uma segunda dose deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Nos estágios precoces da doença: três doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda, e de seis meses entre a primeira e a terceira;
Nos casos de hepatopatia grave ou transplante hepático: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0-1-2-6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária;
É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal uma única vez.
Onde se vacinar
UBS: esquema de três doses para hepatopatas em estágio inicial e não imunodeprimidos;
CRIE: esquema de quatro doses dobradas para hepatopatas graves, candidatos ou transplantados de fígado;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Crianças a partir de 1 ano de idade: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses;
Adolescentes e adultos suscetíveis não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Na vigência de imunodepressão ou em caso de transplantados ou candidatos a transplante, consultar o calendário específico;
Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY — aos 5, 11 e 16 anos — ou com intervalos de cinco anos durante toda infância e adolescência.
Serviços privados de vacinação: para qualquer idade.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses. O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.
Onde se vacinar
Serviços privados de vacinação.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina. Para esquema de doses e onde se vacinar, acesse os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com doenças crônicas de fígado estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
A doença renal crônica (DRC) prejudica gradativamente as defesas do organismo. Com a evolução do quadro, a pessoa pode ficar cada vez mais suscetível a infecções e suas complicações. Dessa forma, a vacinação é extremamente importante e deve ser iniciada o quanto antes, sobretudo quando há indicação de transplante e/ou terapia imunodepressora.
No Brasil, cerca de 70% das mortes por influenza (gripe) ocorrem em indivíduos que fazem parte dos grupos de risco. Desses, cerca de 10% têm doença renal crônica.
Causadas pela bactéria pneumococo, a pneumonia e as doenças pneumocócicas invasivas (infecção generalizada/septicemia) – formas mais graves da infecção e que costumam levar à hospitalização ou à morte – são fontes de importante preocupação para pessoas com DRC, principalmente para aquelas com a doença em fase avançada ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores.
Indivíduos em hemodiálise apresentam elevado risco de infecão pelo vírus da hepatite B. Recomenda-se a vacinação contra a hepatite B para todos os pacientes renais crônicos, de preferência antes de se tornarem dependentes de diálise. Nos que estão em hemodiálise, é fundamental fazer controle sorológico anual e aplicar doses de reforço quando os níveis de anticorpos estiverem abaixo do considerado protetor.
Vacinas especialmente recomendadas
As recomendações a seguir destinam-se às pessoas com doença renal crônica sem imunodepressão ou outras doenças crônicas. Na presença de condições adicionais, principalmente as associadas à imunodepressão, ou caso seja candidato a transplante ou transplantado, consulte os calendários de vacinação para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir de 9 anos: uma dose anual;
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza a idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose” (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de pessoas com doença renal crônica, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como nefropatas. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é vacina utilizada na rotina para crianças até antes de completar 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível apenas para transplantados.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
Nas UBS e nos CRIE:
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira.
Recomendações da SBIm
A SBIm recomenda para pacientes com doença renal crônica a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que já estão em dia com o calendário da VPC10. O esquema depende da idade de início da vacinação:
Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco depois;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade já vacinados anteriormente com vacinas conjugadas (VPC10 ou VPC13): respeitar intervalo mínimo de dois meses em relação à última dose da vacina conjugada a aplicar a VPP23. Uma segunda dose deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE;
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Recomenda-se a vacinação contra hepatite B para todos os pacientes renais crônicos, de preferência antes de se tornarem dependentes de diálise.
Esquema de doses
Quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária;
É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.
Em caso de hemodiálise, o exame anti-HBs deve ser repetido anualmente. Sempre que o resultado for inferior a 10 mUI/mL, será necessária uma dose de reforço.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
CRIE e serviços privados de vacinação;
Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Crianças a partir de 1 ano de idade: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses;
Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com doenças crônicas do rim estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Vacinação de pessoas com câncer ou em uso de drogas imunodepressoras
Por que o cuidado especial?
Pessoas com câncer ou em tratamento com drogas imunossupressoras têm o sistema de defesa do organismo comprometido, o que aumenta a probabilidade de infecções e suas complicações, inclusive morte, muitas delas preveníveis por vacinas. Imunizar essa população é essencial, mas requer avaliação das vulnerabilidades específicas e algumas precauções.
Particularidades para a vacinação
Idealmente, todas as vacinas recomendadas deveriam ser aplicadas antes do início da terapia imunossupressora, seja quimioterapia ou radioterapia, tanto por uma questão de segurança quanto para conseguir melhor eficácia vacinal. Para as vacinas inativadas, é preciso terminar os esquemas ao menos duas semanas antes; para as atenuadas, pelo menos quatro semanas antes (ou no mínimo 15 dias, se o prazo maior for inviável).
A necessidade de combater com agilidade e rapidez o câncer ou outras doenças que precisam ser tratadas com drogas imunossupressoras, no entanto, nem sempre permite respeitar os intervalos recomendados. Se preciso, vacinas inativadas podem ser administradas durante o tratamento com segurança, embora possa haver prejuízo à resposta imunológica, o que pode demandar a revacinação após a interrupção do tratamento e a recuperação do sistema imunológico.
As vacinas vivas atenuadas, por outro lado, não devem ser administradas durante o tratamento imunossupressor pelo risco de o antígeno vacinal, mesmo enfraquecido, causar doença no imunodeprimido. Depois do término do tratamento e da recuperação da função do sistema imune, são recomendadas, mas há restrições (consulte “Outras recomendações”).
Seja qual for o cenário, a fim de reduzir o risco de transmissão, pessoas em contato domiciliar ou frequente e equipes responsáveis pelo atendimento do paciente imunodeprimido precisam estar com seus calendários em dia, de acordo com as recomendações de rotina e, por vezes, de recomendações específicas de determinadas vacinas, a fim de reduzir o risco de transmissão. Saiba mais nos Calendários de Vacinação SBIm para cada faixa etária e no Calendário Nacional de Vacinação do PNI.
Vacinas especialmente recomendadas
As recomendações a seguir destinam-se às pessoas com câncer ou em uso de drogas imunossupressoras que não têm enfermidades crônicas adicionais. Na presença de outros quadros, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir dos 9 anos de idade: uma dose anual;
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de pessoas com câncer ou em uso de drogas imunossupressoras, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como pacientes com câncer ou em tratamento imunossupressor. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas a imunodepressão. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível para crianças a partir de 5 anos que não foram vacinadas anteriormente.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação:
Nas UBS e nos CRIE
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até os 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 5 anos de idade:
Pacientes oncológicos não vacinados anteriormente com a VPC10: uma dose de VPC13, seguida por uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser cinco anos após a primeira VPP23.
Pacientes em tratamento imunossupressor devido a outras doenças, independentemente do histórico vacinal, ou pacientes com câncer que receberam uma dose de VPC10, mas não completaram o esquema: duas doses de VPP23, com intervalo de cinco anos.
Recomendações da SBIm
A SBIm recomenda, para pacientes com câncer ou imunodeprimidos a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que já estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo dependem da idade de início da vacinação:
Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 a partir dos 24 meses de idade, pelo menos dois meses após a segunda VPC13. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
Aqueles que iniciaram o esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
UBS e/ou CRIE, para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina na rotina infantil. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
CRIE: dose única para pacientes oncológicos maiores de 5 anos de idade, mas não disponibilizada para pacientes em tratamento imunossupressor por outras patologias.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas com câncer — crianças mais velhas, adolescentes e adultos — ou em pessoas em uso de drogas imunossupressoras, o risco permanece.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação:
Entre 2 e 6 meses: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 12 e 15 meses de idade;
Entre 7 e 11 meses: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 12 e 15 meses de idade;
A partir de 1 ano de idade não vacinados ou que não receberam reforço: duas doses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
A partir de 2 anos não vacinados: uma dose. Se imunossuprimido, duas doses com intervalo de dois meses.
São necessárias doses de reforço a cada 5 anos ao longo da vida, enquanto durar a imunodepressão.
Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY aos 5, 11 e 16 anos ou com intervalos de 5 anos na infância e adolescência. Além disso, para pessoas com câncer ou em uso de drogas imunossupressoras, reforços a cada cinco anos ao longo de toda a vida, enquanto durar a imunodepressão. Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
CRIE: para pessoas com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), em uso de eculizumabe, acima de 14 anos;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses ou de seis meses (a depender da vacina). O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui).
Crianças: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Crianças, adolescentes e adultos: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 – 1 – 2 – 6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
CRIE e serviços privados de vacinação;
Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.
Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
CRIE:
Três doses para pessoas com câncer de 9 a 45 anos;
Três doses para pessoas em uso de drogas imunossupressoras de 9 a 26 anos, a depender da doença de base;
Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária.
Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para imunodeprimidos a partir de 18 anos, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA) antes de entrar em imunodepressão. O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.
Quando possível, administrar a vacina antes do início da quimioterapia, tratamento com imunossupressores, radioterapia ou esplenectomia. Se não for viável, vacinar no melhor momento, evitando o período de maior comprometimento imunológico, pois a proteção conferida pela vacina pode não ser ideal. Em pacientes em uso de anticorpos monoclonais anticélulas B, como rituximab, a vacina deve ser administrada pelo menos quatro semanas antes da próxima dose do medicamento.
Atenção: a vacina atenuada (VZA) é contraindicada para imunodeprimidos.
Esquema de doses
Duas doses da vacina VZR, com intervalo de dois meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).
Onde se vacinar
Serviços privados de vacinação.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Tríplice bacteriana do tipo adulto (dTpa) e tríplice bacteriana do tipo adulto com poliomielite (dTpa-VIP)
As vacinas abaixo estão contraindicadas em vigência de imunossupressão grave. Recomenda-se administrá-las preferencialmente de três a quatro semanas (mínimo de 15 dias) antes do tratamento imunossupressor ou após a interrupção, respeitando intervalos que variam de acordo com a avaliação individual do paciente e os medicamentos utilizados (saiba mais).
Observação: durante o tratamento, se o grau de imunodepressão for moderado, o(a) médico(a) poderá avaliar a aplicação das vacinas febre amarela, tríplice viral ou tetraviral, a partir de parâmetros clínicos e epidemiológicos (surtos, contato com doentes e viagem, por exemplo).
Vacinacão de contatos domiciliares
A SBIm recomenda que todos os conviventes de pessoas com câncer ou em uso de drogas imunossupressoras devem estar em dia com os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:
As doenças autoimunes (DAI), entre as quais as reumatológicas, são um conjunto de condições que se caracterizam por um mal funcionamento do sistema imunológico, que passa a atacar diferentes tecidos saudáveis do próprio organismo, levando a quadros inflamatórios e/ou comprometimento da resposta imunológica. Estima-se que de 5 a 7% da população mundial — em especial as mulheres — tenham alguma dessas enfermidades, que, juntas, estão entre as principais causas de adoecimento e mortalidade naturais.
Os fatores desencadeantes podem ser muitos, o que com frequência torna a identificação inviável. Eventualmente, a causa pode ser hereditária. Os sintomas variam de acordo com a DAI e o(s) órgão(s) afetado(s).
O tratamento das enfermidades utiliza drogas imunossupressoras com o objetivo enfraquecer em graus variáveis o sistema imunológico, para evitar ou minimizar as autoagressões. A estratégia, no entanto, infelizmente aumenta o risco de infecções e prejudica a resposta às vacinas, essenciais para a proteção desses pacientes.
Particularidades para a vacinação
Pessoas sem comprometimento imunológico devem ser vacinadas de acordo com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária;
Sempre que possível, todas as vacinas indicadas devem ser aplicadas antes do início da terapia imunossupressora, tanto por segurança quanto para conseguir melhor eficácia vacinal. Para as vacinas inativadas, é recomendado terminar os esquemas idealmente duas semanas antes do tratamento. Para as atenuadas, pelo menos quatro semanas antes (ou no mínimo 15 dias, se o prazo maior for inviável);
Para vacinas aplicadas durante o tratamento com medicações imunossupressoras, a necessidade de revacinação após o fim da terapia e o restabelecimento do sistema imunológico deve ser avaliada;
Vacinas vivas atenuadas podem estar contraindicadas enquanto houver imunodepressão moderada a grave. Pessoas em contato domiciliar ou frequente e as equipes responsáveis pelo atendimento do paciente imunodeprimido precisam estar com seus calendários em dia, de acordo com as recomendações para as faixas etárias, a fim de reduzir o risco de transmissão. Saiba mais nos Calendários de Vacinação SBim para cada faixa etária e no Calendário Nacional de Vacinação do PNI.
Vacinas especialmente recomendadas
As recomendações a seguir destinam-se às pessoas com doenças autoimunes que estão imunodeprimidas (pela condição ou tratamento) e não têm enfermidades crônicas adicionais. Na presença de outros quadros, consulte os calendários de vacinação específicos para o seu estado clínico, também na seção Vacinação de pacientes especiais.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir dos 9 anos de idade: uma dose anual;
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose” (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de pessoas com doenças autoimunes, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes: iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas a imunodepressão. A vacina VPC13 não está disponível no sistema público para pacientes com doenças autoimunes.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
Nas UBS e nos CRIE
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até os 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com intervalo de cinco anos.
Recomendações SBIm
A SBIm recomenda para pessoas com doenças autoimunes a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para as que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e os intervalos dependem da idade de início da vacinação:
Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 a partir dos 24 meses de idade, pelo menos dois meses após a segunda VPC13. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
Observação: aqueles que iniciaram o esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas com doenças autoimunes, o risco permanece.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
Entre 2 e 6 meses: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
Entre 7 e 11 meses: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
A partir de 1 ano de idade não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de dois meses.
Pessoas que não receberam o reforço após os 12 meses de idade, independentemente da faixa etária: uma dose. Se imunodeprimidas, duas doses com intervalo de dois meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Crianças entre 1 e 2 anos: uma ou duas doses, com intervalo de dois meses, a depender do fabricante da vacina.
A partir de 2 anos:
Sem imunodepressão: uma dose;
Imunodeprimidos: duas doses, com intervalo de dois meses.
Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY aos 5, 11 e 16 anos ou com intervalos de 5 anos na infância e adolescência. Além disso, para pessoas com doenças autoimunes, reforços a cada cinco anos ao longo de toda a vida, enquanto durar a imunodepressão.
Crianças entre 1 e 2 anos: uma ou duas doses (com intervalo de dois meses), a depender do fabricante da vacina.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses ou de seis meses (a depender da vacina). O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.
Crianças a partir de 1 ano: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, com intervalo de seis meses, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo de seis meses entre as doses;
Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
Nas UBS: uma dose para menores de 5 anos. A segunda dose deve ser aplicada no CRIE;
Nos CRIE: duas doses para pacientes a partir de 1 anos de idade em uso de drogas imunossupressoras;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
O esquema de vacinação a ser adotado depende da presença ou não de imunodepressão no momento da vacinação.
Esquema de doses
Para imunocompetentes: três doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (esquema 0 - 1 - 6 meses).
Para imunodeprimidos: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti- HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti- HBs for inferior a 10 mUI/ml, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado, uma única vez.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
CRIE e serviços privados de vacinação.
Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
CRIE: três doses para pessoas de 9 a 26 anos de ambos os sexos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacina pólio inativada (VIP) deve ser usada em todas as doses do esquema vacinal, uma vez que a vacina pólio oral (VOP) é contraindicada para pessoas com câncer e doenças autoimunes em vigência de imunossupressão.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Está especialmente recomendada para pacientes com doenças autoimunes e/ou que vão iniciar imunussupressão, mas é contraindicada nos pacientes já imunossuprimidos. Se imunocompetente, recomendar de acordo com os calendários SBIm para cada faixa etária.
Esquema de doses
A partir de 12 meses: duas doses, com intervalo de três ou um mês, a depender da idade;
Como rotina nas UBS, as doses são aplicadas aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A SBIm e os CRIE indicam essas doses aos 12 meses e entre os 15 e 24 meses de idade.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
Nas UBS: duas doses para crianças entre 12 meses e menores de 5 anos;
Nos CRIE e nos serviços privados de vacinação: a partir de 12 meses de idade.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Quando possível, administrar a vacina antes do início do tratamento com imunossupressores. Se não for viável, vacinar no melhor momento, evitando período de maior imunossupressão. Em pacientes em uso de anticorpos monoclonais anticélulas B, como rituximab, a vacina deve idealmente ser administrada pelo menos quatro semanas antes da próxima dose do medicamento.
Esquema de doses
Duas doses, com intervalo de 2 meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
Serviços privados de vacinação.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Para esquema de doses e disponibilidade, ver calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Vacinas de vírus vivos atenuados — BCG, pólio oral (VOP), dengue, febre amarela, herpes-zóster atenuada, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e varicela— podem estar recomendadas, com restrições:
Em vigência de imunodepressão grave: contraindicadas;
Em vigência de imunodepressão moderada: o médico deverá avaliar individualmente parâmetros clínicos e o risco epidemiológico (surtos, contato com doente, viagem) para tomada de decisão sobre a vacinação;
Bebês de mulheres que receberam drogas imunodepressoras durante a gestação: avaliar se há contraindicação para as vacinas BCG e rotavírus. A administração da BCG pode ser adiada para entre o sexto e o oitavo mês de vida.
Vacinação de contatos domiciliares
A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas com doenças reumatológicas ou outras autoimunes estejam em dia com os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:
Influenza trivalente (3V): anualmente;
Varicela: duas doses para pessoas a partir de 12 meses que não tiveram a doença e não foram vacinadas;
Pólio inativada (VIP): em substituição à vacina poliomielite oral (VOP), quando recomendada nos calendários;
Vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela): duas doses, para suscetíveis acima de 12 meses.
Vacinação de pessoas com erro inato da imunidade (imunodeficiência primária)
Por que o cuidado especial?
As imunodeficiências primárias, ou erros inatos da imunidade, são pouco frequentes e afetam o sistema imunológico de diferentes formas. Dependendo da doença, os quadros podem ser leves – quando prejudicam algum componente isolado – ou provocar imunossupressão severa.
As infecções são causas importantes de adoecimento e mortalidade dessas pessoas, razão pela qual é importante vaciná-las. A eficácia e segurança, entretanto, variam de acordo com o tipo de imunodeficiência.
O(a) médico(a) que acompanha o(a) paciente e conhece sua situação imunológica deve participar das decisões em relação ao esquema de vacinação mais adequado, considerando as indicações e precauções e/ou contraindicações existentes.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir de 9 anos: uma dose anual;
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose” (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de pessoas com erro inato da imunidade, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em grupos de alto risco para doença pneumocócica invasiva, caso das pessoas de pessoas com erro inato da imunidade. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é vacina utilizada na rotina para crianças até antes de completar 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação.
Nas UBS e nos CRIE
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até os 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 a partir dos 24 meses de idade, pelo menos dois meses depois da segunda VPC13. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 5 anos de idade: duas doses de VPP23, com intervalo de cinco anos.
Recomendações SBIm
A SBIm recomenda para pacientes com erro inato da imunidade a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo variam de acordo com a idade no início da vacinação:
Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). A terceira dose está disponível nos CRIE. Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos e com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
UBS e/ou CRIE: para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas com erros inatos de imunidade, o risco permanece.
Esquema de doses
O esquema depende de início da vacinação.
Entre 2 e 6 meses de idade: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
Entre 7 e 11 meses de idade: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 12 e 15 meses de idade;
A partir de 1 ano de idade não vacinados ou que não receberam reforço após os 12 meses de vida: duas doses, com intervalo de quatro a oito semanas.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A partir de 1 ano de idade não vacinados: duas doses, com intervalo de dois meses;
São necessárias doses de reforço a cada 5 anos ao longo da vida;
Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. A SBIm recomenda na rotina doses de reforços com a vacina MenACWY aos 5, 11 e 16 anos ou com intervalos de 5 anos na infância e adolescência. Além disso, para pessoas com erro inato da imunidade (imunodeficiência primária), reforços a cada cinco anos ao longo de toda a vida.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Adultos: duas doses, com intervalo de um a dois meses ou de seis meses (a depender da vacina). O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.
Atenção: em caso de deficiência do complemento, recomenda-se uma dose de reforço um ano após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária. Além disso, a revacinação é necessária a cada dois ou três anos.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Crianças: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses;
Adolescentes e adultos suscetíveis não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Crianças, adolescentes e adultos: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti- HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti- HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui).
Onde se vacinar
CRIE e serviços privados de vacinação;
Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
CRIE: três doses para pessoas de 9 a 26 anos de ambos os sexos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacina pólio inativada deve ser utilizada em todas as doses do esquema vacinal, uma vez que a vacina pólio oral (VOP) é contraindicada para pessoas com erro inato da imunidade (imunodeficiência primária) e contatos domiciliares.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para imunodeprimidos a partir de 18 anos, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA). O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.
Esquema de doses
Duas doses, com intervalo de 2 meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
Serviços privados de vacinação.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Em vigência de deficiências combinadas da imunidade celular e humoral: contraindicadas;
Em vigência de deficiências de imunidade humoral grave ou deficiências da fagocitose (doença granulomatosa crônica): contraindicada a BCG;
Observação: em vigência de deficiência de IgA e de subclasses de imunoglobulinas ou deficiências do complemento, as vacinas atenuadas não estão contraindicadas;
As vacinas herpes-zóster atenuada e dengue estão contraindicadas em qualquer imunodeficiência primária.
Vacinacão de contatos domiciliares
A SBIm recomenda que todos os conviventes de pessoas com erros inatos de imunidade (imunodeficiência primária) devem estar em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:
Vacinação de crianças e adolescentes vivendo com HIV
Por que o cuidado especial?
As crianças e adolescentes que vivem com HIV apresentam risco elevado de infecções e complicações por diversas doenças, muitas preveníveis por vacinas. A imunização é, portanto, extremamente importante, mas requer alguns cuidados, de acordo com o grau de comprometimento imunológico de cada pessoa.
É necessário avaliar situações de precaução, contraindicações e o melhor momento para vacinar, uma vez que há chance de a resposta imunológica ser insuficiente ou inadequada. Quanto mais cedo a vacinação puder ser feita, melhor. Oportunidades não devem ser perdidas.
Vacinas vivas atenuadas estão contraindicadas quando há imunodeficiência clínica ou laboratorial grave. Nesses casos, sempre que possível, a aplicação deve ser adiada até que o tratamento permita um grau satisfatório de reconstrução do sistema de defesa do organismo. Dessa maneira, a vacinação será mais eficaz e haverá menos risco de reações pós-vacinais.
Além disso, a eficácia da vacinação pode variar de acordo com o tipo de vacina utilizado e/ou a condição imunológica do indivíduo, o que pode tornar necessária a adaptação do calendário vacinal e a adoção de esquemas de doses diferentes.
Particularidades para a vacinação
As crianças expostas ao HIV (nascidas de mães que vivem com o vírus), mas sem alterações imunológicas e/ou sinais e sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, devem receber as vacinas rotineiras do calendário da criança até os 18 meses de idade ou antes, se houver definição do diagnóstico de infecção pelo HIV no bebê. A única exceção é em relação à vacina poliomielite oral (VOP): é obrigatório o uso da vacina inativada durante todo o esquema. Consulte o Calendário de vacinação SBIm criança.
Se a infecção for confirmada – por meio de dois exames alterados de carga viral – os esquemas de vacinação serão adaptados de acordo com a idade, contagem de células CD4+, risco de infecção e situação imunológica no momento da vacinação. Saiba mais a seguir.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses com intervalo de 30 dias e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir de 9 anos: uma dose anual.
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação.
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de crianças e adolescentes vivendo com HIV, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como é o caso das crianças e adolescentes vivendo com HIV. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas a imunodepressão. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível para crianças a partir de 5 anos que não foram vacinadas anteriormente.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação:
Nas UBS e nos CRIE
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS, aos 2 e 4 meses, e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 5 anos de idade não vacinadas anteriormente com a VPC10: uma dose de VPC13, seguida por uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser aplicada após cinco anos.
Recomendações da SBIm
A SBIm recomenda para crianças e adolescentes vivendo com HIV a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que já estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo dependem da idade de início da vacinação:
Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 a partir dos 24 meses de idade, pelo menos dois meses após a segunda VPC13. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
Aqueles que iniciaram o esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
UBS e/ou CRIE, para menores de 5 anos de idade. As UBS oferecem duas doses da vacina na rotina infantil. Caso o esquema recomendado seja de três doses, a terceira deverá ser recebida nos CRIE.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas com HIV, o risco permanece.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação:
Entre 2 e 6 meses: três doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
Entre 7 e 11 meses: duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
Crianças a partir de 1 ano de idade e adolescentes que não receberam reforço: uma dose;
Crianças a partir de 2 anos de idade e adolescentes não vacinados anteriormente: duas doses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Crianças: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Crianças, adolescentes e adultos: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume da dose deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
CRIE e serviços privados de vacinação;
Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Crianças entre 1 e 2 anos: uma ou duas doses, com intervalo de dois meses, a depender do fabricante da vacina. Reforços a cada cinco anos.
Crianças maiores de 2 anos e adolescentes não vacinados: duas doses, com intervalo de dois meses. Reforços a cada cinco anos.
Adolescentes vacinados: reforços a cada cinco anos.
Atenção: os CRIE oferecem uma dose de reforço a cada cinco anos com a vacina MenC após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária ao longo de toda a vida. A SBIm recomenda doses de reforços com a vacina MenACWY a cada cinco anos, ao longo de toda a vida.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Esquema de doses
Crianças e adolescentes: ver calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
CRIE: três doses para crianças e adolescentes a partir de 9 anos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacina pólio inativada (VIP) deve ser utilizada em todas as doses do esquema vacinal, uma vez que a vacina pólio oral (VOP) é contraindicada para pessoas que vivem com HIV e seus contatos domiciliares.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os Calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Tríplice bacteriana do tipo adulto (dTpa) e tríplice bacteriana do tipo adulto com poliomielite (dTpa-VIP)
As vacinas a seguir estão recomendadas de rotina, com restrições (ver “Precauções e contraindicações”). Para esquema de doses e onde se vacinar, consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, com restrições. Ver “Precauções e contraindicações”, a seguir:
BCG: deve ser administrada ao nascimento ou o mais precocemente possível, até no máximo 5 anos de idade. Para as crianças que chegam aos serviços de saúde ainda não vacinadas, a vacina só deve ser indicada às assintomáticas e sem imunodepressão. A revacinação não é recomendada, mesmo para contatos domiciliares de pessoas com hanseníase.
Vacina dengue está contraindicada, mesmo para imunocompetentes.
Moderadamente imunocomprometidos: avaliar parâmetros clínicos e risco epidemiológico (surtos, contato com doente, viagem) para tomada de decisão.
Severamente imunocomprometido: contraindicada a vacinação.
Alteração ímunológica
Contagem de LT CD4+ em células por mm3
Idade < 12 meses
Idade 1 a 5 anos
Idade 6 a 12 anos
Ausente (1)
> 1500 (> 25%)
> 1000 (> 25%)
≥ 500 (≥ 25%)
Moderada (2)
750 - 1499 (15% - 24%)
500 - 999 (15% - 24%)
200 - 499 (15% - 24%)
Grave (3)
< 750 (15%)
< 500 (15%)
< 200 (15%)
Vacinacão de contatos domiciliares
A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas que vivem com HIV devem estar em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A terapia antirretroviral – usada para inibir a replicação do vírus HIV, retardando a progressão da imunodeficiência e restaurando, dentro do possível, a imunidade de quem vive com HIV – aumentou a expectativa e a qualidade de vida dessas pessoas, que puderam voltar a se engajar em atividades ocupacionais e de lazer. A evolução do tratamento, porém, trouxe um novo desafio: como preservar a saúde diante da maior exposição a agentes infecciosos que estão entre as principais causas de adoecimento e mortalidade no grupo?
A resposta certamente passa pela vacinação, mas é importante destacar que a imunodepressão pode contraindicar a administração de algumas vacinas ou exigir precauções. Além disso, a eficácia da vacinação pode variar de acordo com o tipo de vacina utilizado e/ou a condição imunológica do indivíduo, o que pode tornar necessária a adaptação do calendário vacinal e a adoção de esquemas de doses diferentes.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
Uma dose anual.
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de adultos e idosos vivendo com HIV, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando com a vacina conjugada VPC13, seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
Esquema de doses
Uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Para aqueles que já receberam uma dose de VPP23, recomenda-se o intervalo de um ano para a aplicação de VPC13. A segunda dose de VPP23 deve ser feita cinco anos após a primeira, mantendo intervalo de seis a 12 meses em relação à VPC13
Para os que já receberam duas doses de VPP23, recomenda-se uma dose de VPC13, com intervalo mínimo de um ano após a última dose de VPP23. No entanto, se a segunda dose de VPP23 foi aplicada antes dos 60 anos, está recomendada uma terceira dose depois dessa idade, com intervalo mínimo de cinco anos em relação à última dose.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
É necessário realizar controle sorológico um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez;
O controle sorológico deve ser repetido anualmente. Caso o resultado seja inferior a 10 mUI/mL, uma dose de reforço pode ser considerada.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
CRIE e serviços privados de vacinação;
Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Adultos e idosos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
CRIE e serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Existem duas vacinas contra meningococo do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Esquema de doses
Duas doses, com intervalo de um a dois meses. O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.
Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Onde se vacinar
CRIE: pessoas de 9 a 45 anos de ambos os sexos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm - Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
A vacina herpes-zóster recombinante (VZR) inativada é especialmente recomendada para imunodeprimidos a partir de 18 anos, mesmo para os que já tiveram a doença e/ou foram previamente vacinados com a vacina herpes-zóster atenuada (VZA) antes de entrar em imunodepressão. O intervalo mínimo entre a administração da VZR e da VZA é de dois meses.
Atenção: a vacina atenuada (VZA) é contraindicada para imunodeprimidos.
Esquema de doses
Duas doses da vacina VZR, com intervalo de dois meses.
Onde se vacinar
Serviços privados de vacinação.
Outras recomendações
As vacinas abaixo estão recomendadas de rotina, sem restrições. Para esquema de doses e onde se vacinar, acesse os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Moderadamente imunocomprometidos: avaliar parâmetros clínicos e risco epidemiológico (surtos, contato com doente, viagem) para tomada de decisão.
Severamente imunocomprometidos: contraindicada a vacinação.
Herpes-zóster: vacinar maiores de 50 anos com infecção assintomática, em uso de terapia antirretroviral, com carga viral muito baixa ou indetectável e uma contagem CD4+ de ≥350 por µL.
Alteração Imunológica
Contagem de LT CD4+ em células por mm3
A partir de 13 anos
Pequena ou ausente (1)
≥ 350
Moderada (2)
Entre 200 e 350
Grave (3)
< 200
Dengue: contraindicada, mesmo em imunocompetentes.
A SBIm recomenda que todos os contatos domiciliares de pessoas que vivem com HIV devem estar em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:
Vacinação de pessoas transplantadas de células-tronco hematopoiéticas (TCTH)
Por que o cuidado especial?
O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é o tratamento indicado para alguns tipos de câncer (como leucemias, linfomas, mielomas e neuroblastoma); doenças autoimunes, e outras enfermidades.
Pessoas com indicação de TCTH apresentam risco aumentado para infecções antes do transplante — pela doença de base ou a quimioterapia preparatória —ou após o procedimento, devido à possibilidade de rejeição — também chamada de doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) — e/ou à terapia imunossupressora. Muitas dessas infecções são imunopreveníveis.
Particularidades para a vacinação
Vacinas aplicadas antes do transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) deverão ser desconsideradas e os esquemas de doses reiniciados após o transplante e a recuperação da função imunológica.
A programação da vacinação após o TCTH tem como referência o tempo mínimo a ser respeitado entre o procedimento e a aplicação das diferentes vacinas, considerando o intervalo recomendado (ou mínimo) entre as doses de cada esquema vacinal.
As recomendações específicas das vacinas e seus esquemas aqui abordados são para maiores de 1 ano. O TCTH raramente é feito durante o primeiro ano de vida e, quando isso ocorre, o intervalo mínimo entre o procedimento e a revacinação, em geral, não permite a aplicação de vacinas antes de a criança completar 1 ano.
No pré-transplante, as vacinas atenuadas estão contraindicadas. Já as vacinas inativadas podem ser administradas até duas semanas antes do início da quimioterapia pré-transplante ou de outros preparos, se necessários. No entanto, tais vacinas deverão ser repetidas em três a 12 meses, a depender de alguns fatores, como o tipo de transplante, ocorrência de rejeição (DECH) e imunodepressão.
Vacinas atenuadas também estão contraindicadas em caso de DECH no pós-transplante e/ou durante a terapia imunodepressora.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Esquema de doses
A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante.
Para crianças que iniciam a vacinação menores de 9 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir dos 9 anos de idade: uma dose anual.
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose“ (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de pessoas submetidas a transplantes de células-tronco-hematopoiéticas, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes (esquema sequencial): iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como transplantados. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas à imunodepressão. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível para pessoas submetidas a TCTH em esquema de três doses.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.
Esquema de doses
A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante, preferencialmente com a vacina VPC13.
Nos CRIE
Para crianças menores 5 anos de idade: três doses de VPP10, com intervalo de dois meses e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira VPP23;
A partir de 5 anos, adolescentes, adultos e idosos: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira VPP23;
Pessoas que já receberam a VPP23 após o TCTH, mas ainda não foram vacinadas com a VPC13: uma dose de VPC13 12 meses após a VPP23.
Recomendações SBIm
Três doses de VPC13 em todas as idades, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira VPP23;
Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Serviços privados de vacinação: para todas as idades.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de transplantados de células-tronco hematopoiéticas, o risco permanece.
Esquema de doses
A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante.
Crianças, adolescentes, adultos e idosos: três doses, com intervalo de dois meses (ou mínimo de um mês).
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Sempre que possível, preferir a vacina meningocócica conjugada ACWY, pois ela oferece proteção contra mais tipos de meningococos.
Esquema de doses
A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante;
Crianças, adolescentes, adultos e idosos: duas doses, com intervalo de dois meses (ou mínimo de um mês).
Atenção: após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária, uma dose de reforço deve ser aplicada a cada cinco anos em caso de imunossupressão contínua por DECH (doença do enxerto contra o hospedeiro).
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
CRIE: para pessoas com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), em uso de eculizumabe, acima de 14 anos;
Serviços privados de vacinação: todas as idades.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Existem duas vacinas contra meningococos do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Esquema de doses
A vacinação deve ser iniciada três a seis meses após o transplante.
Crianças, adolescentes, adultos e idosos: duas doses com intervalo de um a dois meses entre elas. O uso acima da faixa etária de licenciamento é off label.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante;
Para crianças a partir de 1 ano, adolescentes, adultos e idosos: duas doses, com intervalo mínimo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante;
Crianças, adolescentes, adultos e idosos: três doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; e de seis meses entre a primeira e a terceira (esquema 0 - 1 - 6 meses);
É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal uma única vez.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacinação deve ser iniciada de três a seis meses após o transplante.
Crianças a partir dos 9 anos, adolescentes e adultos: três doses com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda; e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS: duas doses para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
CRIE: três doses para pessoas de 9 a 45 anos. Indivíduos que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária;
Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Previnem coqueluche, tétano, difteria e outras doenças, no caso das combinações. O uso das vacinas acelulares (DTPa, dTpa e suas combinações) é preferível por causar menos reações do que as vacinas de células inteiras (DTPw e DTPw-HB/Hib).
Esquema de doses
A vacinação deve ser iniciada três a seis meses após o transplante.
O esquema depende da idade de início da vacinação:
Crianças de até 6 anos: três doses de DTPw ou DTPa ou de vacinas combinadas contendo DTPa ou DTPw. Intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose e de seis meses entre a segunda e a terceira dose. Reforços com a dTpa (preferencialmente) ou a dT a cada dez anos.
Crianças a partir de 7 anos, adolescentes, adultos e idosos: uma dose com dTpa (ou dTpa-VIP) seguida por duas doses de dT, dois e seis meses depois da dose de dTpa.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Contraindicada nos 24 meses posteriores ao transplante e antes da recuperação do sistema imunológico. Em caso de rejeição (DECH) após o procedimento ou necessidade de terapia imunodepressora, a vacina também está contraindicada.
A vacinação deve ser autorizada pelo médico responsável pelo transplante.
Serviços privados de vacinação, com autorização médica.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Contraindicada nos 12 meses posteriores ao transplante. Deve ser evitada nos 24 meses posteriores ao transplante e antes da recuperação do sistema imunológico, mas pode ser considerada entre 12 e 24 meses em caso de risco epidemiológico, desde que a situação imunológica do paciente permita. Em caso de rejeição (DECH) após o procedimento ou necessidade de terapia imunodepressora, a vacina está contraindicada.
A vacinação deve ser autorizada pelo médico responsável pelo transplante.
Esquema de doses
Crianças a partir de 1 ano, adolescentes, adultos e idosos: duas doses, com intervalo mínimo de um mês.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS;
CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Contraindicada nos 24 meses posteriores ao transplante e antes da reconstituição imunológica. Em caso de rejeição (DECH) após o procedimento ou necessidade de terapia imunodepressora, a vacinação também está contraindicada.
A vacinação deve ser autorizada pelo médico responsável pelo transplante.
Esquema de doses
Pessoas a partir de 1 ano de idade: duas doses, com intervalo de um a três meses, a depender da idade (consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária).
Onde se vacinar
CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacina atenuada é contraindicada nos 24 meses posteriores ao transplante e antes da reconstituição imunológica. Em caso de rejeição (DECH) após o procedimento ou necessidade de terapia imunodepressora, a vacinação também está contraindicada.
A administração deve ser autorizada pelo médico responsável pelo transplante.
Idealmente, usar a vacina inativada recombinante, que pode ser aplicada seis meses após transplante.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
Serviços privados de vacinação.
Precauções e contraindicações
Para a aplicação das vacinas vivas atenuadas, se faz necessária a liberação escrita do médico responsável pelo transplante;
Em caso de rejeição (DECH) ou necessidade de terapia imunossupressora, as vacinas vivas atenuadas estão contraindicadas;
Vacina dengue pode ser considerada somente em soropositivos para dengue, com sistema imunológico restabelecido, sem rejeição (DEHC) ou necessidade de terapia imunodepressora.
Vacinação de contatos domiciliares
A SBIm recomenda que todos os contatos de pessoas submetidas a transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) estejam em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Enquanto estes pacientes estiverem imunodeprimidos, os contatos domiciliares podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:
Vacinação de candidatos a transplante ou transplantados de órgãos sólidos
Por que o cuidado especial?
Muitos brasileiros são submetidos a transplantes de órgãos sólidos (TOS) todos os anos. Indivíduos que já passaram pelo procedimento ou são candidatos têm mais risco de adoecimento e morte por infecções do que o restante da população. Entre essas infecções, podemos destacar a doença pneumocócica invasiva (pneumonia, infecção generalizada e meningite), a influenza (gripe), bem como a catapora e o herpes-zóster, causadas pelo vírus varicela-zóster.
Manter atualizada a vacinação dessas pessoas, dos doadores, contatos domiciliares e da equipe que irá atendê-las é essencial, especialmente no período pós-transplante, quando medicamentos imunodepressores são usados para evitar que o organismo rejeite o órgão recebido. Isso porque, se por um lado aumentam a segurança da cirurgia, essas drogas tornam os pacientes mais propensos a desenvolver infecções graves por vírus e bactérias.
Diversos fatores são levados em conta para definir quais vacinas serão usadas e o intervalo entre as doses: doença que levou ao transplante, idade, tipo, tempo de uso e dosagem das drogas utilizadas, imunidade do doador, tempo após o transplante e a ocorrência ou não de rejeição, também chamada de DECH (doença do enxerto contra o hospedeiro).
As recomendações também podem variar de acordo com o momento – antes ou depois do transplante. Situações que podem contraindicar ou diminuir a proteção conferida pelas vacinas também devem ser avaliadas com critério pelo(a) médico(a).
Particularidades para a vacinação
Vacinas aplicadas durante o tratamento com imunodepressores devem ser repetidas após a interrupção do tratamento e a recuperação do sistema imunológico, para garantir a proteção.
No pré-transplante, vacinas vivas atenuadas devem ser aplicadas idealmente até quatro semanas antes do transplante (ou no mínimo 15 dias, se o prazo maior for inviável).
Vacinas inativadas: se não anteriormente vacinado(a), aguardar período mínimo de dois meses após o transplante.
A vacina influenza quadrivalente (4V) é preferível à vacina influenza trivalente (3V) por proteger contra mais tipos do vírus responsável pela doença. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a 3V.
Esquema de doses
Para crianças que iniciam a vacinação entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses, com intervalo de 30 dias, e uma dose anual nos anos seguintes;
A partir dos 9 anos de idade: uma dose anual;
Observações:
Devido à resposta imunológica inferior e menos duradora conferida pelas vacinas influenza em idosos e pacientes imunodeprimidos, a administração de uma dose extra a partir de três meses após a dose anual pode ser considerada em situação epidemiológica de risco;
Para pacientes a partir de 60 anos, avaliar a utilização da vacina influenza quadrivalente com mais altas doses de antígenos (“high dose” - 4VHD), que permite maior proteção.
Onde se vacinar
Vacina influenza trivalente (3V): UBS, CRIE e serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente (4V): serviços privados de vacinação;
Vacina influenza quadrivalente “high dose” (4VHD): serviços privados de vacinação.
Para a proteção adequada de transplantados de órgãos sólidos (TOS) ou candidatos a transplante, recomenda-se o esquema com dois tipos de vacinas pneumocócicas, complementares e não excludentes: iniciando preferencialmente com uma vacina conjugada (VPC10 ou VPC13), seguida da vacina polissacarídica (VPP23).
A SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 para ampliar a proteção para três sorotipos adicionais, principalmente em pessoas de alto risco para doença pneumocócica invasiva, como transplantados de órgãos sólidos (TOS) ou candidatos a transplante. Nas UBS e nos CRIE, a VPC10 é a vacina utilizada na rotina para crianças menores de 5 anos de idade, incluindo aquelas com comorbidades associadas à imunodepressão. Nos CRIE, a vacina VPC13 está disponível para crianças transplantadas não vacinadas anteriormente.
A VPP23 está recomendada somente a partir dos 2 anos de idade, sempre em esquema complementar com as vacinas VPC10 ou VPC13.
Esquema de doses
O esquema depende da idade de início da vacinação:
Nas UBS e nos CRIE
Até completar 6 meses: três doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e reforço no segundo ano de vida (esquema 3 + 1). As duas primeiras doses são oferecidas nas UBS e a terceira nos CRIE, aos 6 meses, podendo ser feita até os 11 meses e 29 dias. Uma dose de VPP23 deve ser administrada a partir dos 2 anos e uma segunda dose cinco anos após a primeira;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC10, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Entre 2 e 4 anos de idade: uma dose de VPC10 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 5 anos de idade não vacinados anteriormente: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma nova dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
Recomendações SBIm
A SBIm recomenda para transplantados de órgãos sólidos e candidatos a vacinação com VPC13 em todas as faixas etárias, mesmo para os que estão em dia com o calendário da VPC10. O número de doses e o intervalo variam de acordo com a idade no início da vacinação:
Até 6 meses: três doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 3+1). A terceira dose está disponível nos CRIE. Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 7 e 11 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e um reforço no segundo ano de vida (esquema 2 + 1). Uma dose de VPP23 a partir dos 2 anos de idade e uma segunda dose cinco anos depois;
Entre 12 e 23 meses: duas doses de VPC13, com intervalo de dois meses, e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade não vacinados anteriormente com a VPC13: uma dose de VPC13 e uma dose de VPP23 dois meses depois. Uma segunda dose de VPP23 deve ser administrada cinco anos após a primeira;
A partir de 2 anos de idade com esquema completo de VPC13: respeitar intervalo de dois meses em relação à última VPC13 e administrar uma dose de VPP23. Uma segunda dose de VPP23 deve ser aplicada cinco anos após a primeira;
Uma terceira dose de VPP23 é recomendada para pessoas a partir de 60 anos que tenham recebido a segunda dose antes desta idade;
Observação: Aqueles que iniciaram esquema com a VPP23 devem receber uma dose de VPC13, 12 meses após a VPP23.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacinação contra o Hib faz parte da rotina da população em geral somente para menores de 5 anos de idade, pois a chance de infecção a partir desta faixa-etária passa a ser baixa. No entanto, no caso de pessoas transplantadas de órgãos sólidos, o risco permanece.
Esquema de doses
Esquema depende da idade de início da vacinação.
Crianças menores de 1 ano:
Entre 2 e 6 meses de idade: três doses, com intervalo de dois meses, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade;
Entre 7 e 11 meses de idade: duas doses, com intervalo de dois meses, e um reforço entre 15 e 18 meses de idade.
A partir de 1 ano de idade vacinados, mas que não receberam dose de reforço aos 12 meses de vida: uma dose. Se imunodeprimidos, duas doses, com intervalos de dois meses.
A partir de 1 ano de idade não vacinados: duas doses, com intervalo de dois meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Existem duas vacinas contra meningococos do sorogrupo B. Uma licenciada para pessoas de 2 meses a 50 anos de idade e outra para pessoas entre 10 e 25 anos de idade.
Crianças: duas doses, idealmente aos 12 e 18 meses de idade, ou em qualquer momento depois, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
Adolescentes e adultos não vacinados anteriormente: duas doses, com intervalo de seis meses.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS e/ou CRIE: A primeira dose está disponível nas UBS para menores de 5 anos. A segunda dose e a vacinação de pessoas mais velhas são feitas nos CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Pré-transplante: a depender da doença que levou ao transplante. Ver calendário que contemple a condição clínica específica.
Pós-transplante: quatro doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda; um mês entre a segunda e a terceira; e seis meses entre a primeira e a quarta (esquema 0 - 1 - 2 - 6 meses). O volume deve ser o dobro do recomendado para a faixa etária.
É necessário realizar exame Anti-HBs um a dois meses após a última dose, para avaliar se a resposta foi satisfatória e a pessoa está de fato protegida. Considera-se imunizado quando o Anti-HBs é igual ou superior a 10 mUI/mL. Se o resultado do Anti-HBs for inferior a 10 mUI/mL, repetir o esquema vacinal de quatro doses com volume dobrado uma única vez.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
CRIE e serviços privados de vacinação.
Atenção: a vacina está disponível nas UBS, entretanto, deverá ser aplicada em esquema diferenciado para imunossuprimidos (quatro doses com volume dobrado) sob risco de resposta vacinal inferior ou até ausente.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Três doses, independentemente da idade, com intervalos de um a dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS: duas doses, para adolescentes de 9 a 14 anos. A terceira dose está disponível nos CRIE;
CRIE: três doses para pessoas de 9 a 45 anos. Pessoas que iniciaram a vacinação nas UBS podem encerrar o esquema nos CRIE, desde que dentro da faixa etária.
Serviços privados de vacinação: a vacinação de adultos acima da faixa etária de licenciamento (uso off label) ou já infectados pode ser benéfica. A recomendação deve ser feita a critério médico.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
A vacina pólio inativada (VIP) deve ser usada em todas as doses do esquema, uma vez que vacina pólio oral é contraindicada para transplantados de órgãos sólidos.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Previnem coqueluche, tétano, difteria e outras doenças, no caso das combinações. O uso das vacinas acelulares (DTPa, dTpa e suas combinações) é preferível por causar menos reações do que as vacinas de células inteiras (DTPw e DTPw-HB/Hib).
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
Serviços privados de vacinação.
Vacinas especialmente recomendadas apenas no pré-transplante
As vacinas dessa seção são especialmente recomendadas, mas devem ser aplicadas idealmente até quatro semanas antes do transplante (ou no mínimo 15 dias, se o prazo maior for inviável). Após o transplante, estão contraindicadas.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Pessoas suscetíveis a partir dos 12 meses de idade: duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
UBS;
CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Pessoas suscetíveis a partir dos 12 meses de idade: duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias.
Para mais informações, acesse os Calendários de vacinação SBIm – Pacientes Especiais (aqui) e o Manual dos CRIE (aqui).
Onde se vacinar
CRIE;
Serviços privados de vacinação.
Acesse aqui a lista com os endereços e telefones dos CRIE. Caso não exista um na sua cidade, compareça à UBS mais próxima. Os profissionais poderão solicitar ao CRIE do estado ou região o envio da vacina.
Outras recomendações
A vacina abaixo está recomendada de rotina, sem restrições. Consulte os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
A SBIm recomenda que todos os conviventes de transplantados de órgãos sólidos (TOS) e candidatos a transplante devem estar em dia com os calendários de vacinação SBIm para cada faixa etária.
Os contatos domiciliares destes pacientes podem receber nos CRIE as seguintes vacinas:
Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) foram criados para facilitar o acesso de pessoas com condições especiais, independentemente da idade, a vacinas, soros e imunoglobulinas que não são oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou são oferecidos para faixas etárias restritas.
Entre os beneficiados estão portadores de determinadas doenças crônicas; imunodeprimidos; pessoas que moram ou têm contato próximo com ambos os grupos; e quem apresentou hipersensibilidade ou eventos adversos graves a alguma vacina disponibilizada nas UBS.
Nesta seção você pode acompanhar uma websérie especial sobre os CRIE, comandada pelo médico Dráuzio Varella. Nos episódios, sempre ao lado de um profissional e de um paciente, ele visita as unidades para apresentá-las à sociedade e fala sobre as vacinas, imunoglobulinas e soros que estão disponíveis para os pacientes.