Quem já ouviu o som produzido por bebês com coqueluche não esquece (veja o vídeo). A sequência de tosse seca é intercalada pela ingestão de ar, o que provoca uma espécie de guincho ou chiado. Quando ocorre repetidas vezes e de modo intenso, pode fazer com que a criança apresente coloração azul-arroxeada (cianose) pelo prejuízo da oxigenação do sangue que estas crises causam. Além da respiração, esse processo também prejudica a alimentação.

A coqueluche, doença prevenível por vacina, pode causar ainda pneumonia, convulsões, comprometimento do sistema nervoso e morte. Quanto mais novo é o bebê, mais grave é a doença, que muitas vezes exige internação em Unidade de Tratamento Intensivo. Em adultos, pode parecer um resfriado, sem muitos sintomas.

Transmissão:

Também conhecida como “tosse comprida”, a coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que vive na garganta das pessoas, mesmo que com poucos sintomas, e é transmitida de uma pessoa para a outra por gotículas de saliva ao falar, tossir ou espirrar.

A maior parte das ocorrências e todos os casos fatais são em crianças com menos de 1 ano (principalmente nos primeiros 6 meses de vida), ainda não vacinadas ou que não receberam pelo menos três doses da vacina. O Ministério da Saúde (MS) informa que de 1999 a 2013 o número de casos confirmados passou de 3.036 para 6.368. Em 2015, foram confirmados 2.955 casos, dos quais 62,6% ocorreram em menores de 1 ano de idade — a grande maioria menores de 6 meses, ou seja, pessoas que ainda não puderam completar a imunização primária.

Para controlar essa situação é importante vacinar o bebê e todas as pessoas que convivem com ele, começando pela vacinação da gestante, para que ela possa transferir, através da placenta, os anticorpos que protegerão o recém-nascido nos primeiros meses, até que se complete o esquema de vacinação (por volta do sétimo mês de vida). A vacinação de quem convive com o bebê constitui a chamada “Estratégia Cocoon” (casulo, em inglês), que vale também para outras doenças preveníveis por vacinas.

coqueluche incid x cob brasil 1990 2017
Incidência x cobertura vacinal, de 1990 a 2017

Vacinas disponíveis:

  • DTPw-HB/Hib (tríplice bacteriana de células inteiras combinada às vacinas hepatite B e Haemophlilus influenzae tipo b)
  • DTPw (tríplice bacteriana de células inteiras)
  • DTPa-VIP/Hib (tríplice bacteriana acelular combinada às vacinas poliomielite inativada e Haemophlilus influenzae tipo b)
  • DTPa-VIP-HB/Hib (tríplice bacteriana acelular combinada às vacinas poliomielite inativada, hepatite B e Haemophlilus influenzae tipo b)
  • DTPa (tríplice bacteriana acelular)
  • dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto)
  • dTpa-VIP (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto combinada à vacina poliomielite inativada)

Acesse aqui as informações sobre a situação da coqueluche no Brasil entre 1990 e 2016:

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/635-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/coqueluche/11196-situacao-epidemiologica-dados (último acesso em 06/07/17)

Saiba mais:

http://portalsaude.saude.gov.br/images/ppt/2017/junho/09/Gr--fico-Coqueluche-2016.ppt (último acesso em 06/07/17)

 

 

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