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OMS e OPAS chamam atenção para a importância da vacinação

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Cerca de 20 milhões de crianças em todo o mundo não estão com a vacinação em dia,apesar de os programas de imunização constarem na lista das mais bem-sucedidas e custo-efetivas ações em saúde pública. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que celebra de 24 a 31 de abril a Semana Mundial da Imunização, criada em 2012 com o intuito de estimular a adesão às vacinas para prevenir doenças durante todas as etapas da vida.

As metas da campanha este ano incluem destacar o valor das vacinas para a saúde de crianças, da comunidade e do mundo; mostrar que a vacinação de rotina é o pilar para a construção de sistemas de saúde consistentes; além de corrigir gargalos nas imunizações, o que pode incluir aumento de investimento.

No que diz respeito ao último ponto, a OMS ressalta que os países têm ampliado o escopo das vacinas oferecidas gratuitamente e que, em 2017, o número de crianças imunizadas chegou a 116,2 milhões, o maior já registrado. Os ganhos, contudo, foram acompanhados por resultados frágeis. Há atraso no cronograma dos planos de eliminação do sarampo, rubéola e tétano materno e neonatal, e surtos de diversas doenças imunopreveníveis.

Nas Américas

A Semana de Vacinação nas Américas é comemorada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) há 17 anos. Desde então, afirma a entidade, a iniciativa já ajudou a vacinar 740 milhões de pessoas. As metas gerais são promover a equidade e acesso à vacinação, ampliar a vacinação infantil para vacinação familiar, incentivar a comunicação e cooperação entre nações, manter a vacinação na agenda política e contribuir para o desenvolvimento de ações integradas.

Além do trabalho em parceria com os governos — o Brasil aproveitou a ocasião para lançar a segunda etapa da campanha de vacinação contra a gripe —, está disponível no site da campanha material gráfico e digital para ser distribuído por meio de redes sociais como o Facebook e o Twitter. A intenção da Opas é que sejam vacinadas contra diversas doenças cerca de 70 milhões de pessoas nos 45 países e territórios da região, a exemplo do sarampo, a poliomielite, o HPV e outras.

O principal foco, no entanto, é o sarampo, que ressurgiu com força dois anos depois de o continente ter sido declarado livre da enfermidade. O principal afetado foi o Brasil, com destaque para o Amazonas, onde houve mais de 10.000 confirmados de fevereiro de 2018 a fevereiro de 2019. Apesar de a Opas ainda não ter se pronunciado oficialmente, o Ministério da Saúde já declarou que o país não conseguiu conter o surto a tempo de evitar a perda do certificado.

Semana de Vacinação das Américas em números (informações da Agência OPAS/OMS):