O Ministério da Saúde realiza, a partir de 7 de outubro, a "Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo". O objetivo é conter o avanço da doença, que já atingiu 6.652 pessoas e matou quatro, entre 1º de janeiro e 28 de setembro de 2019. Os casos foram registrados em 19 unidades da federação, com destaque para São Paulo, que detém aproximadamente 97% do total.
A ação será executada inicialmente em duas etapas. A primeira, de 7 a 25 de outubro, é dedicada às crianças de seis meses a menores de 5 anos. O dia D será em 19 de outubro. Já a segunda, voltada a indivíduos de 20 a 29 anos, que concentram a maior parte dos casos, ocorrerá de 18 a 30 de novembro. O Dia D será em 30 de novembro. A meta é vacinar 2,6 milhões crianças na faixa prioritária e 13,6 milhões adultos.
Para incentivar a vacinação de crianças, o Ministério da Saúde irá disponibilizar R$ 206 milhões que serão destinados aos municípios que cumprirem duas metas estabelecidas pela pasta. Para receber esse recurso adicional, os gestores terão que informar mensalmente o estoque das vacinas poliomielite, tríplice viral e pentavalente e atingir 95% de cobertura vacinal contra o sarampo em crianças de 1 a 5 anos de idade com a primeira dose da vacina tríplice viral.
A vacina sarampo está disponível na rede pública para crianças de 1 ano a adultos de 29 anos, em duas doses, e para adultos de 30 a 49 anos. Devido ao risco aumentado, o Governo decidiu vacinar crianças de seis meses a menores de 1 ano, estratégia batizada de “Dose Zero”. Essa dose, entretanto, não conta para o esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas após os 12 meses de idade.
Outras medidas
Desde o início dos surtos em 2019, diversos estados e municípios fizeram campanhas locais e o bloqueio seletivo — vacinação de pessoas que tiveram contato com casos suspeitos de sarampo. O Ministério da Saúde, além de ter implementado a “Dose Zero” e ampliado o estimulo à vacinação de rotina, passou a recomendar administração de suplementos de vitamina A em crianças menores de 6 meses com suspeita da doença. A conduta diminui as chances de agravamento nessa fase da vida, em que a vacina ainda não pode ser aplicada.