Um dos maiores êxitos da medicina, a erradicação da varíola completou 40 anos no último dia 9 de dezembro. Para celebrar o marco — oficializado durante a 33ª Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 1980 —, a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou uma placa na mesma sala onde o fim da circulação foi anunciado, em Genebra, na Suiça. A varíola matou, somente no século XX, mais de 300 milhões de pessoas.
“Até hoje, é a única doença humana já erradicada, um exemplo do que podemos alcançar quando todas as nações trabalham em conjunto. Com essa placa, reconhecemos os heróis que se uniram para combatê-la e para manter as futuras gerações a salvo”, afirmou o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O sucesso do programa de erradicação forneceu conhecimento e ferramentas vitais no que diz respeito à vigilância epidemiológica, aos benefícios da vacinação de bloqueio e à importância da promoção da saúde no enfrentamento a enfermidades como a poliomielite e o ebola.
Além disso, permitiu estabelecer as bases para o fortalecimento de programas de imunização, de atenção primária e impulsionou o acesso universal à saúde em diversos países. No Brasil, o direito é garantido desde a Constituição de 1988.
O evento foi o pontapé inicial de uma campanha em que, ao longo de um ano, a OMS e seus parceiros destacarão o feito e trabalharão para aumentar a conscientização sobre a necessidade de continuar a lutar contra a pólio, outras doenças e acelerar os investimentos na segurança global da saúde.
Uma exibição sobre a erradicação está programada para a Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 2020, e deve ser realizada em outros eventos, incluindo a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.