A Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica (SBMF) encaminhou ao Ministério da Saúde, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) um documento no qual demonstra preocupação com a postura das autoridades e gestores de saúde que vêm ignorando costumeiramente as evidências científicas sobre a COVID-19.
No texto, a entidade declara que "durante a pandemia, muitos colocaram em dúvida o valor da ciência, mas a realidade mostrou que a única solução para salvarmos vidas e a economia é o desenvolvimento das vacinas. Todas as tentativas possíveis para tratamento preventivo e precoce se mostraram ineficazes, inócuas ou ainda precisam passar pelos testes clínicos a que todos os outros medicamentos são igualmente submetidos”.
O documento também afirma que a "pesquisa clínica científica, responsável pela criação de novas vacinas e medicamentos, já curou e ajudou a melhorar o tratamento de numerosas doenças e graves condições de saúde nos últimos 150 anos”, e que "a pesquisa científica permite que os profissionais de saúde tomem decisões mais assertivas sobre quais métodos ou tratamentos usar, e isto significa um tratamento mais eficaz, melhora dos pacientes, além de economia de recursos humanos e financeiros. A pesquisa científica já salvou milhões de vidas e continuará a salvar no futuro”.
Por fim, a SBMF enfatiza que "os gestores de saúde não têm outra alternativa senão confiar nas pesquisas e nos cientistas para elaborar planos de prevenção que incluam testagem em massa, isolamento de contaminantes e medidas de proteção através de máscaras, luvas e sanitizantes. Todas essas medidas se mostraram altamente eficazes para reduzir o risco de contaminação".