A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI-COVID), grupo do qual a SBIm faz parte, divulgou nota para esclarecer à população que já manifestou ao Ministério da Saúde parecer favorável à vacinação de crianças de 5 a 11 anos com a vacina da Pfizer/BioNtech, recentemente licenciada pela Anvisa para a faixa etária.
O posicionamento é baseado, entre outros fatores, nos dados epidemiológicos a respeito do impacto da doença — considerando o risco de infecção, transmissão, hospitalização e morte —, nos resultados de estudos clínicos sobre imunogenicidade, reatogenicidade, segurança e eficácia das vacinas na população pediátrica, bem como nas informações já colhidas por países que iniciaram a administração em larga escala.
No Brasil, do início da pandemia até 6 de dezembro de 2021, houve no Brasil 23.277 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 entre crianças de 0 a 11 anos. O número de mortes foi de 1.449. Do total, 6.163 casos e 301 mortes ocorreram em crianças de 5 a 11 anos.
Quanto à segurança, nos Estados Unidos, onde mais de 7 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNtech foram aplicadas em crianças de 5 a 11 anos, 97% dos eventos adversos foram classificados como não sérios. Basicamente, febre, dor de cabeça, vômitos, fadiga e perda de apetite. Houve apenas 8 casos de miocardite, todos com evolução clínica favorável.
Vale destacar que outras agências regulatórias e de saúde pública, como as do Canadá, Israel e União Europeia, também aprovaram a vacina. Além disso, diversos países da Ásia, África, e América do Sul têm utilizado vacinas de vírus inativado (Sinopharm ou Sinovac/Coronavac) em milhões de crianças menores de 12 anos, a partir de 3 ou 5 anos.
A avaliação deixa claro que os benefícios da incorporação são muito maiores do que os riscos. O CTAI-Covid-19 espera que o Ministério da Saúde acate o posicionamento e defina as estratégias para viabilizar a vacinação do grupo etário no menor tempo possível.
Compõem o CTAI-Covid-19 representantes das sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm), Geriatria e Gerontologia (SBGG), Infectologia (SBI), Pediatria (SBP) e Reumatologia (SBR); membros da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Conass, Conasems, Instituto Butantan, Bio-Manguinhos/Fiocruz, especialistas ad-hoc com larga experiência em campanha/s de imunização, epidemiologia, infectologia, e/ou atenção em saúde, entre outros.
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