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SBIm reitera importância da vacina HPV para a população masculina de 27 a 45 anos

A SBIm publicou Nota Técnica em que reitera a recomendação da vacina HPV para homens de 27 a 45 anos, em especial os que têm mais chance de infecção e doenças associadas ao vírus. São eles os que vivem com HIV/Aids, em tratamento oncológico, transplantados de células-tronco hematopoiética (TCTH) ou de órgãos sólidos (TOS), e que fazem sexo com outros homens (HSH).

O documento também foi encaminhado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), como sugestão para a ampliação do público contemplado pelos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). Atualmente, ao passo que as unidades disponibilizam a vacina para mulheres no grupo de risco até 45 anos, a oferta para a população masculina está limitada aos 26 anos. Na rotina, a vacina HPV pode ser recebida por meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

A SBIm tomou a decisão com base em sete fatores:

  • O impacto das doenças associadas ao HPV em pessoas imunossuprimidas de ambos os sexos é consideravelmente maior do que na população geral, tanto para condiloma (VG) quanto para os cânceres associados ao vírus;
  • Os resultados de diversos estudos que avaliaram as vacinas HPV em homens acima de 26 anos mostraram excelentes resultados de imunogenicidade, eficácia e segurança;
  • Vários países já estenderam o licenciamento das vacinas HPV, permitindo recomendações para pessoas de 27 a 45 anos de ambos os sexos, sejam imunocompetentes ou, em especial, parte de grupos de risco aumentado. Entre eles o Reino Unido, Tailândia, China, Itália e Estados Unidos;
  • HSH permanecem sob risco constante de infecção pelo HPV ao longo da vida e têm taxas mais altas de infecções que evoluem com maior frequência para lesões benignas (condiloma) e/ou malignas (NIA) na região anal;
  • Diversas pesquisas comprovaram a eficácia da vacina HPV4 na prevenção de tais lesões e nas recidivas pós-tratamento, o que a torna um adjuvante valioso no tratamento das lesões associadas ao HPV;
  • A vacina HPV4 é constituída de partículas subunitárias (VLP) não replicantes e não contém material infectante, portanto, muito segura para a população imunocomprometida;
  • O princípio da equidade entre homens e mulheres deve ser adotado nas recomendações de vacinação quando os dados científicos assim permitirem.

Leia a nota na íntegra.