A importância da vacina e a campanha Onda Contra o Câncer — criada pela Sociedade para conscientizar a população sobre o imunobiológico — foram abordados pela presidente, Isabella Ballalai, durante coletiva de imprensa
A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, participou no dia 10 de setembro da coletiva de lançamento da segunda etapa da campanha de vacinação contra o HPV em 2015. O objetivo do Ministério da Saúde (MS) é imunizar cerca de 5 milhões de meninas entre 9 e 11 anos, além de mulheres de até 26 anos que convivem com o HIV. Para tanto, a pasta pretende intensificar as ações de conscientização sobre a segurança do imunobiológico, que não tem tido boa aceitação do público.
Entre as razões apresentadas pelo Ministro Arthur Chioro para a adesão abaixo da esperada estão o episódio das estudantes de Bertioga, no litoral de São Paulo, que sentiram paralisia nas pernas após receber a vacina — o fato foi amplamente investigado e atribuído a uma reação de ansiedade, comum na faixa etária — e o abandono da estratégia de vacinação na escola, adotada na campanha para a aplicação da primeira dose em 2014.
“Em 2014, 101,87% do público recebeu a primeira dose da vacina, mas apenas 60,38% receberam a segunda. Esse ano, alcançamos somente 49,67% da meta”, lamentou Chioro, que orientou pais e meninas: “Todas com idade entre nove e 13 anos, tanto as que fizeram a primeira dose como as que não fizeram, devem tomar a vacina contra o HPV. Além disso, as com mais de 13 anos que deixaram de fazer a segunda dose ou não tomaram nem a primeira no ano passado também devem buscar a vacina”.
Isabella Ballalai, por sua vez, destacou o impacto do imunobiológico na prevenção do câncer de colo do útero e verrugas genitais (70% e 90% dos casos, respectivamente) e das lesões precursoras do câncer, cujo tratamento muitas vezes requer a retirada de parte do útero e acarreta em infertilidade. Ou seja, “é um investimento no futuro das mulheres brasileiras, que daqui a 20 ou 30 anos poderiam desenvolver câncer do colo do útero, tumor que mata 5 mil mulheres no país todos os anos”, frisou.
Isabella aproveitou a ocasião para divulgar a campanha “Onda Contra o Câncer”, criada pela SBIm — em conjunto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) — com o intuito de fornecer informações qualificadas sobre o HPV e a vacina. A iniciativa, lançada no mesmo dia da coletiva, contará com vídeos e outras atividades na internet. Conheça em www.ondacontracancer.com.br.
Reconhecimento
A parceria SBIm-SBP-SBI-Febrasgo foi bastante ressaltada pelo ministro Arthur Chioro. Além de elogiar o workshop para Jornalistas e a Carta Aberta à População, Chioro afirmou que pretende distribuir a todos os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) a Carta Aberta aos Médicos elaborada pelas entidades. O documento reúne uma série de dados sobre vacina e conclama a classe a falar com os pacientes sobre os benefícios e a segurança da vacina HPV.
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