A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) anunciou, no dia 27 de setembro, durante o 55º Conselho Diretor da entidade, que o continente é o primeiro do mundo a conseguir eliminar o sarampo. Com a conquista, já são cinco as enfermidades que não circulam mais na região graças à vacinação: varíola (desde 1971), poliomielite (1994), rubéola e síndrome da rubéola congênita (ambas em 2015).
Antes de começar a vacinação maciça em 1980, o sarampo causava cerca de 2.600.000 de mortes por ano no mundo e cerca de 101.800 óbitos somente nas Américas entre 1971 e 1979. Um estudo sobre a efetividade da eliminação do sarampo na América Latina e no Caribe estima que, com a vacinação, os países da região preveniram 3.200.000 de casos de sarampo e 16.000 mortes entre 2000 e 2020.
A SBIm comemora a notícia, mas destaca que a manutenção do status depende de mobilização constante porque o vírus continua a circular em outras nações. Entre 2013 e 2015, uma epidemia iniciada a partir de casos importados atingiu 916 pessoas no Ceará. Até então, o Brasil estava há 13 anos sem registro de transmissão autócne da doença.