A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que foram confirmados 559 casos de hepatite A na cidade entre 1º de janeiro e 23 de setembro, número quase nove vezes superior ao verificado em 2016. Houve duas mortes, cinco registros de hepatite fulminante e 142 hospitalizações.
O boletim na íntegra está disponível aqui.
A maioria dos episódios (87%) ocorreu entre homens e em indivíduos de 18 a 39 anos (79%, considerando ambos os sexos). Dos 310 casos que já tiveram a via de transmissão definida, 252 foram relacionados ao contato sexual (anal/oral) desprotegido e 58 ao consumo de água e alimentos infectados. Os outros 249 permanecem sob investigação.
O surto de hepatite A em São Paulo acontece ao mesmo tempo em que a Europa enfrenta uma forte onda da enfermidade. De acordo com o Centro Europeu para o Controle e Prevenção de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), 11.212 casos aconteceram de janeiro a agosto em 19 países do continente. A média verificada no mesmo período nos anos de 2012 a 2015 foi de 2.594.
A SBIm recomenda a vacinação contra a hepatite A no esquema de duas doses (0-6) para todas as pessoas a partir dos 12 meses de vida. No Programa Nacional de Imunizações (PNI), o imunobiológico é oferecido em dose única para as crianças entre 15 meses e menos de cinco anos.