Poliovírus isolado em menino com paralisia flácida aguda não era vírus selvagem ou derivado da vacina (VPDV), capazes de causar a doença.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) informou que exames de sequenciamento descartaram a possibilidade de o poliovírus isolado em um menino venezuelano com paralisia flácida aguda (PFA) em um dos membros inferiores ser o vírus selvagem ou derivado da vacina (VPDV) — ambos capazes de causar poliomielite.
Novos exames clínicos e laboratoriais ainda serão conduzidos para identificar qual doença pode ter levado aos sintomas. O outro episódio suspeito, de uma menina de 8 anos moradora da mesma comunidade, também foi descartado.
Apesar dos resultados, a OPAS alerta as autoridades nacionais de que é necessário intensificar esforços para manter a cobertura vacinal contra a poliomielite acima de 95% em todos os municípios/distritos. Do contrário, existe a possibilidade de a enfermidade — eliminada das Américas em 1991 — retornar.
Situação no Brasil
Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo no dia 19 de junho de 2018 revelou que o país registrou em 2017 a pior cobertura vacinal em crianças menores de um ano de idade em ao menos 16 anos. Nenhum dos imunobiológicos oferecidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) atingiu o patamar de 95%: a melhor cobertura foi a da BCG (91,4%) e a pior a da tríplice viral (70,69%). A da poliomielite ficou em 77%.