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Passado, presente e futuro do PNI são debatidos na abertura da Jornada SBIm

Publicada em: 04/09/2025
Atualizada em: 04/09/2025

04/09/2025

O diretor do DPNI, Éder Gatti, foi o responsável pela palestra de abertura, sobre “Calendário do PNI: 52 anos de história e perspectivas para o futuro da saúde coletiva”. Na apresentação, o infectologista elencou feitos históricos do Programa, como as eliminações da poliomielite (1984), tétano neonatal (2003), rubéola e síndrome da rubéola congênita (2015) e do sarampo (2016 e 2024), a proximidade da eliminação da raiva transmitida por cães e o controle da difteria, tétano acidental, meningite C, meningite por H. influenzae B, MPox e febre amarela silvestre.

Instituído em 1973, o PNI oferece atualmente 48 imunobiológicos: quatro imunoglobulinas humanas específicas, 13 soros antivenenos, antitoxinas e antivirais e 31 vacinas, das quais 20 estão disponíveis na rotina. Há, hoje, 35.245 salas de vacina espalhadas pelo país, incluindo a Rede de Imunobiológicos Especiais (RIE). Em 2024, revelou, o orçamento do Programa foi superior a R$7 bilhões.

Entre as ações atuais, Eder destacou a estratégia de vacinação escolar, as oficinas de microplanejamento, o investimento em sistema de informação e o trabalho para a contenção do sarampo diante do registro de 27 casos importados. Do total, 22 aconteceram em Campos Lindos, no Tocantins, após membros de uma comunidade que não se vacina por questões culturais se infectarem em uma viagem à Bolívia.

“Sempre que identificamos um caso suspeito de sarampo, independentemente da confirmação, investigamos, identificamos os comunicantes, vacinamos, monitoramentos e seguimos com a busca ativa na comunidade, laboratórios e serviços de saúde, até ampliar para todo o bairro e município”, explicou. “Mantivemos equipes do Ministério presencialmente em Campos Lindos por três semanas e hoje temos reuniões diárias com gestores do estado e município para entender o que está acontecendo”, relatou.

Além do trabalho no Tocantins, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, onde casos de sarampo foram identificados, o PNI intensificou entre julho e agosto os esforços preventivos nos estados que fazem fronteira com a Bolívia. “O Acre, por exemplo, aplicava em média de 2 mil a 3 mil doses de tríplice viral por mês. Em julho deste ano, foram 24 mil. O movimento foi parecido no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia”, pontuou.

Gatti também mostrou os próximos passos do DPNI. Entre eles, o início da oferta da vacina VSR para gestantes e do nirsevimabe para prematuros já a partir da próxima sazonalidade, a possibilidade de incorporação de novas vacinas e o aumento do investimento na Rede de Frio, cujo novo manual será lançado em breve.  

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