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SBIm e Sociedade Internacional do Papilomavírus firmam acordo de cooperação

Publicada em: 06/02/2025
Atualizada em: 06/02/2025

06/02/2025

Janeiro de 2025 marca o início da parceria entre a SBIm e a Sociedade Internacional de Papilomavírus (IPVS, na sigla inglês). A instituição foi criada em 2000 com o objetivo de estimular a troca de ideias entre profissionais que estudam o vírus e educar a população a respeito das doenças associadas ao vírus HPV e estratégias de prevenção. A primeira atividade conjunta das entidades será em 9 de março. A ação aconteceria inicialmente em 4 de março, Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV, mas foi adiada para não coincidir com o carnaval

A presidente da SBIm, Mônica Levi, avalia que a soma de forças é um importante passo na luta pela eliminação do câncer de colo do útero. “O HPV é responsável por 99,7% dos casos de câncer cervical e a existência de uma vacina eficaz contra o vírus significa, na prática, que temos uma vacina contra o câncer. Com altas coberturas vacinais e políticas de rastreio que permitam o diagnóstico e  tratamento precoce, a meta é bastante factível”, afirma.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres no Brasil, excluído os tumores de pele não melanoma. Fica atrás somente dos tumores malignos de mamas e cólon e reto. A estimativa é a de que ocorram 17.010 novos casos em cada ano do triênio 2023-2025. Em 2022, 6983 mulheres tiveram suas vidas ceifadas por esta neoplasia.

O HPV, por sua vez, é a infecção sexualmente transmissível mais frequente — calcula-se que cerca de 80% das pessoas serão infectadas em algum momento da vida. Além do câncer de colo uterino, o vírus pode causar verrugas genitais e tumores malignos em outros sítios anatômicos como  pênis, vulva, vagina, ânus e orofaringe.

A vacina HPV4 está disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde 2014. Os grupos contemplados e os esquemas de doses adotados pelo PNI são os seguintes: 

  • Crianças e adolescentes de 9 a 14 anos: dose única;
  • Adolescentes de 15 a 19 anos nunca vacinados: dose única (oferta temporária);
  • Pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia, transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea, pessoas em uso de drogas imunossupressoras e pessoas com erros inatos da imunidade (EII):  três doses, independentemente da idade, com intervalos de  0 – 2 – 6 meses;
  • Pessoas entre 15 e 45 anos em Profilaxia Pré-Exposição (PrEP): três doses, com intervalos de 0 – 2 – 6 meses; 
  • Pessoas com papilomatose respiratória recorrente (PRR) a partir de 2 anos de idade: três doses, com intervalos de 0 – 2 – 6 meses; 
  • Pessoas de 9 a 45 anos vítimas de violência sexual: o esquema segue o da com a faixa etária. Duas doses, para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos (intervalos de 0 – 6 meses), ou três doses, para pessoas de 15 a 45 anos (intervalos de 0 – 2 – 6 meses).

A rede privada conta ainda com a vacina HPV9, recomendada a partir dos 9 anos de idade . Os esquemas são de duas doses (0 – 6 meses), para quem inicia até os 19 anos d, e de três doses (0 – 2 – 6 meses ), para quem inicia a partir dos 20 anos. 

Mais informações estão disponíveis no Família SBIm, nos artigos HPV4 e HPV9. Para conhecer a IPVS, acesse https://ipvsoc.org (site em inglês).

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