A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), o Grupo Brasileiro de Imunodeficiências (Bragid) e o Jeffrey Modell Foundation Brasil – Centro São Paulo publicaram um posicionamento conjunto sobre a recente pesquisa que associou estratégias amplas de vacinação com a BCG à menor morbidade e mortalidade por COVID-19.
De acordo com o texto das entidades, o estudo “tem falhas metodológicas significativas e foi publicado como um pre-print, um tipo de publicação que não é avaliada por revisores e não deve ser utilizada como recomendação clínica”.
A SBIm corrobora o comunicado. Embora torçamos para que a hipótese seja comprovada, especialmente porque o Brasil usa a BCG na vacinação infantil de rotina há décadas, o trabalho é muito preliminar e carece de evidências científicas robustas que sustentem a conclusão.
Por isso, está mantida a recomendação de somente administrar a vacina BCG nas situações recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e Ministério da Saúde, ou seja, ao nascer e em contatos domiciliares de pessoas com hanseníase.
Pedimos ainda aos profissionais da saúde e à mídia para terem cautela adicional com as informações divulgadas durante a pandemia. Falsas esperanças podem induzir a população a atitudes equivocadas.