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Nova edição do Guia de Imunização do Atleta Profissional

Já está disponível a edição 2018-2019 do Guia de Imunização do Atleta Profissional, produzido pela SBIm e pela  Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício (SBMEE). O download pode ser feito aqui.

Leia a apresentação

O médico do esporte, a vacinação e o compromisso com a saúde do atleta As vacinas têm se mostrado importante ferramenta de promoção de saúde pública e individual. Ao prevenir doenças reduzimos sofrimento, mortes, hospitalizações e promovemos qualidade de vida. Hoje, as oportunidades de prevenção com imunobiológicos se estendem para todas as faixas etárias (crianças, adolescentes, adultos e idosos), o que nos oferece condições ímpares de atuação médica profilática.

Grupos, como gestantes, portadores de doenças crônicas, viajantes e trabalhadores já dispõem de recomendações específicas de imunização. Com este Guia, o atleta profissional é inserido entre as categorias que requerem atenção especial, uma vez que vários estudos têm demonstrado os riscos de doenças infectocontagiosas associados à prática esportiva.

Muitos registros de surtos de doenças como hepatite A, gripe e diarreia do viajante comprovam esse risco ocupacional que pode comprometer a preparação de meses para determinada competição.

Parece difícil pensar que, a despeito da forma física, de hábitos de vida saudáveis e rigorosos controles médicos a que são submetidos, os atletas profissionais possam, ainda assim, apresentar risco mais elevado de doenças infecciosas. Mas há períodos na vida dos esportistas, sobretudo aqueles que praticam atividades de alta performance, em que o sistema imunológico sofre alterações com a diminuição transitória da resposta imune, conhecida como “Janela Aberta” (open window). Nessa fase, encontram-se particularmente propensos a infecções – algumas das quais imunopreveníveis.

Vale destacar que os atletas de baixa performance também estão expostos a infecções, independentemente de seu “status imunológico”. O aumento de doenças respiratórias e de pele em esportistas de diversas modalidades de atuação já está bem documentado.

Muito além da condição física e clínica

Outros potencializadores de risco são os deslocamentos: atletas costumam viajar com frequência, estando sujeitos a surtos e epidemias nos locais de competição. Comumente, ficam instalados em alojamentos onde compartilham chuveiros e vasos sanitários e, às vezes, até mesmo objetos de uso pessoal como lâmina de barbear ou escova de dentes. Em viagens, estão sujeitos à alimentação local, muitas vezes com pouco controle da água a ser ingerida ou da higiene na manipulação de alimentos. E, a depender da modalidade de atuação, encontram-se mais expostos a sangue e/ou secreções de outras pessoas, devido aos acidentes com lesão de pele.

Além dessas condições, os longos períodos vividos por muitos atletas longe de casa, fora do convívio familiar ou de seus companheiros, tendem a ampliar o risco para doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), o que abre outra possibilidade de intervenção profilática com a vacinação contra a hepatite B e o HPV.

Já os atletas portadores de condições especiais – situação hoje bastante comum – necessitam de orientações ainda mais individualizadas e que serão tratadas em tópico à parte neste Guia.

São muitas as situações a serem consideradas/analisadas pelo médico do esporte, assim como são amplas as repercussões positivas da inserção bem planejada das vacinas no cotidiano dos atletas. Esperamos que este Guia contribua com a medicina esportiva no que se refere às prevenções a serem consideradas para profissionais do esporte, pois muitos agravos podem ser evitados com a simples orientação correta de vacinação!