O Ministério da Saúde anunciou, em 3 de julho, a inclusão das pessoas entre 15 e 45 anos que fazem uso da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) no público-alvo da vacinação contra o HPV no PNI. O esquema preconizado é de três doses (0 – 2 – 6 meses). Quem já iniciou o esquema, mas não completou, deve receber as doses pendentes.
A ampliação da oferta, destaca a nota técnica publicada pela pasta, “pode ser considerada uma ação com impacto na prevenção das neoplasias relacionadas ao HPV, principalmente o câncer anal, nas populações que são desproporcionalmente afetadas por essas neoplasias”. O documento cita ainda estudos realizados na França que apontam alta prevalência de HPV em usuários de PrEP.
Vacinação de pessoas com papilomatose respiratória recorrente (PRR)
Em paralelo, por meio de ofício circular (Leia) encaminhado aos gestores de saúde, o Ministério estabeleceu que a idade mínima para a vacinação de pessoas com PRR no SUS é de 2 anos. O esquema é de três doses (0 – 2 – 6 meses), independentemente da faixa etária. Para menores de 18 anos, será exigido termo de consentimento assinado pelos responsáveis.
Com as novas definições, os grupos contemplados pela vacinação contra o HPV no PNI passam a ser os seguintes:
- Crianças e adolescentes de 9 a 14 anos (dose única);
- Pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, em tratamento de câncer, submetidas a transplantes, com imunodeficiência primária ou erro inato da imunidade (três doses, 0 – 2 – 6 meses);
- Pessoas imunocompetentes de 9 a 45 anos vítimas de violência sexual. Os esquemas são de duas doses (0 – 6 meses) até os 14 anos e de três doses (três doses, 0 – 2 – 6 meses) entre 15 e 45 anos;
- Pessoas com papilomatose respiratória recorrente (PRR) a partir de 2 anos de idade (três doses, 0 – 2 – 6 meses);
- Pessoas entre 15 e 45 anos que usam PrEP (três doses, 0 – 2 – 6 meses).